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Portal Hoje em Dia (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 15-05-2015 - 10:02 -   Notícia original Link para notícia
Vendas em 2015 têm a maior queda dos últimos 12 anos


Nem mesmo as promoções têm conseguido compensar o clima de incerteza


Com o desaquecimento do mercado de trabalho e o crédito mais restrito, as vendas do comércio recuaram 0,8% nos três primeiros meses deste ano em compação com o mesmo período de 2014. Foi o pior resultado para um trimestre desde o terceiro trimestre de 2003 (-4,4%), quando o país ainda sentia os efeitos da incerteza do primeiro governo Lula. Os dados foram divulgados pelo IBGE.


Em Belo Horizonte não foi diferente. O comércio varejista fechou o primeiro trimestre do ano com queda de 1,67%quando comparado com o mesmo período de 2014, segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes de Belo Horizonte (/BH).


De acordo com o presidente da entidade, , a queda é resultado da menor atividade no cenário macroeconômico, associada a juros maiores, aumento do índice de desocupação, queda da renda real e alta da inflação.


"Com o aumento no custo de vida, os consumidores estão cada vez mais sendo pressionados a diminuírem seu consumo para manterem os custos básicos, restringindo o que é considerado supérfluo, para evitar a inadimplência", apontou Falci, que não está otimista para os próximos meses.


"Sem indícios de recuperação da economia, os consumidores continuarão cautelosos para se comprometerem com compras", apontou.


Setores


A pesquisa nacional realizada pelo IBGE aponta que na comparação entre março e fevereiro, houve queda em sete dos dez setores pesquisados. A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, uma das mais importantes, recuou 2,2% na passagem de fevereiro para março. No ano, a queda é de 1,3%.


Entre os fatores que derrubam o varejo, de acordo com o IBGE, está o desânimo para consumir. Por trás da falta de confiança também estão questões como a turbulência política e o risco de desabastecimento de água e energia.


Ainda tiveram baixas na comparação mensal os grupos de móveis e eletrodomésticos (-3%), tecidos, vestidos e calçados (-1,4%) e equipamentos e materiais para escritório (-0,2%).


Avanços


No outro extremo, avançaram na comparação a fevereiro as atividades de combustíveis e lubrificantes (2,8%), artigos de uso pessoal (1,2%) e farmacêuticos, médicos e cosméticos (1,2%).


O varejo ampliado -que inclui veículos e motos - teve queda de 1,6% em março, na comparação com fevereiro. O resultado do trimestre foi de queda de 5,3%, o pior desde o início da série histórica do IBGE desde 2001.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, CDL
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