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Estado de Minas Online ( Opinião ) - MG - Brasil - 14-05-2015 - 09:45 -   Notícia original Link para notícia
Atenção ao turismo

Viajante quer mais segurança e melhoria da infraestrutura


A alta do dólar, oscilando na casa dos R$ 3, está levando o brasileiro a ficar mais contido quanto a viagens ao exterior e a ficar mais interessado em viajar no próprio país. Segundo o Ministério do Turismo e a Fundação Getulio Vargas (FGV), 23% dos entrevistados em recente pesquisa nacional pretendem viajar nos próximos seis meses. Desse grupo, 77,4% devem escolher destinos nacionais, maior percentual registrado nos últimos 10 anos. Os 19,5% restantes devem viajar a destinos internacionais e 3,1% não decidiram para onde vão. O boletim Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem aponta que, do total de interessados em viajar Brasil afora, 47,3% quer ir à Região Nordeste; 25,6% à Sudeste; 14,3% à Sul; 7,4% à Norte; e 5,4% à Centro-Oeste.

Para o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, o interesse dos brasileiros em conhecer mais o país se deve, além da elevação da moeda norte-americana, à quantidade de feriados no ano e à melhoria dos aeroportos, muitos reformados para a Copa do Mundo. "O que era muito caro no Brasil - passagens aéreas, hotéis - e, lá fora, mais barato, mudou de lado." Isso mostra que esses fatores indicam a necessidade da ampliação dos investimentos na infraestrutura turística e na divulgação dos locais para visitação, pois o turismo é, acima de tudo, o vetor mais rápido da economia para gerar empregos e renda. Com a imensa capilaridade que encerra, todos os segmentos são atendidos pelo turismo, nos diferentes cantos do país. Há, portanto, que se lutar para que o turismo faça parte da agenda econômica, social e política do Brasil.

Contudo, um grande desafio a ser enfrentado é a questão da segurança, tanto nos grandes centros urbanos que mais atraem turistas estrangeiros e brasileiros quanto nas pequenas localidades. O Nordeste, um dos destinos mais preferidos dos dois públicos, carece de mais atenção nessa área. Como não há turismo sem segurança, urge providências medulares nesse sentido. Quem visita uma cidade, seja ela São Paulo, Rio de Janeiro ou Canoa Quebrada (CE), quer curtir o passeio sem receios. No âmbito da logística, quando o turista escolhe roteiros como o Pantanal (MT/MS), o Jalapão (TO) e as chapadas Diamantina (BA), dos Veadeiros (GO) e dos Guimarães (MT), ele quer curtir natureza, bucolismo e afins, mas com apoio de infraestrutura condizente com o custo da viagem.

Mais de 62 milhões de turistas realizaram 206 milhões de viagens no ano passado pelo Brasil. Só com os feriados prolongados deste ano, o impacto global na indústria brasileira de viagens e turismo será de R$ 18,6 bilhões com a realização de 10,9 milhões de viagens domésticas extras, segundo estimativas do Ministério do Turismo. A pesquisa Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem é realizada, mensalmente, com 2 mil pessoas, em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, capitais que concentram 70% do fluxo turístico do país. Portanto, infraestrutura e segurança precisam alçar voos mais altos, para que o Brasil alcance o patamar que merece no contexto turístico mundial, pois recursos naturais para isto tem de sobra.


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