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Portal Hoje em Dia (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 12-05-2015 - 10:19 -   Notícia original Link para notícia
Apesar do forte apelo do Dia das Mães, comércio não conseguiu deslanchar - 06h14


Consumidor evitou fazer extravagâncias: valor médio do presente caiu de R$ 90, em 2014, para R$ 75



Nem o amor de filho conseguiu salvar o Dia das Mães para o comércio neste ano. Considerada a segunda melhor data para o varejo, atrás somente do Natal, a data decepcionou comerciantes da capital e do país. Sondagem parcial do Sindicato do Comércio Lojista de Belo Horizonte (Sindilojas-BH) aponta queda de até 7% no faturamento, na comparação com o segundo domingo de maio de 2014, o pior resultado em mais de uma década.



Levantamento da Serasa Experian também mostra que as compras entre 4 e 10 de maio despencaram. O Indicador de Atividade do Comércio aponta retração de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior (05 a 11 de maio). Em nota, a Serasa disse que é a primeira vez em 13 anos que há queda nas vendas no Dia das Mães.



"Fizemos uma consulta prévia, ouvindo quase 150 lojistas e diversos setores, e a conclusão é a de que a data decepcionou de uma forma geral. Os números apontam que a maioria dos lojistas registrou queda nas vendas e apenas uma minoria vendeu igual ou até 2% mais do que no ano de 2014", afirma o presidente do Sindilojas-BH, Nadim Donato.



E os filhos que presentearam foram mais econômicos. O valor médio do presente caiu de R$ 90, em 2014, para R$ 75, neste ano, sem descontar a inflação. A falta de confiança do consumidor, os juros elevados, o alto índice de endividamento da população e a escassez de crédito tiraram a magia - e a lucratividade - do Dia das Mães, na avaliação de Donato.



"O resultado ruim é muito sintomático sobre a situação da economia. Diferentemente dos outros anos, ninguém contratou temporários. Pelo contrário. As pequenas e médias empresas estão desempregando desde de janeiro e reduzindo seus quadros ao limite mínimo. A margem de lucro está cada dia mais enxuta e as previsões são pessimistas para empresários e consumidores, que colocaram o pé no freio", afirma.



Na de Belo Horizonte (-BH), as projeções nem de longe lembram os tempos de fartura na hora de presentear a mãe. Segundo o presidente , levantamento parcial realizado nessa segunda (11) indica que a previsão de crescimento de somente 0,21% nas vendas deve se confirmar. "Alguns shoppings falam em aumento de 10%, mas acho difícil que esse número se torne realidade. A data foi muito magra", diz.



Cenário de desânimo e desconfiança norteiam a atividade econômica nacional



Não só o consumidor está desconfiado. O desânimo do mercado financeiro com a atividade econômica está cada vez mais evidente, conforme aponta o Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central. A nova expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 é de queda de 1,20%.



O cenário só piora. Na semana anterior, a projeção era de recuo de 1,18%. Há quatro semanas, os analistas falavam em retração de 1,01%. Para 2016, a mediana das projeções se manteve em crescimento de 1%.



O dragão também não deve dar trégua. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2015 em 8,29%, segundo boletim Focus.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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