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O Globo Online (RJ) ( Opinião ) - RJ - Brasil - 28-04-2015 - 09:52 -   Notícia original Link para notícia
Rubens Barbosa - Investimento direto

País precisa cada vez mais de fontes externas


Aparticipação das economias em desenvolvimento nos fluxos globais de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) deverá diminuir, e o Brasil não é exceção. Estimativas da Unctad indicam que essas economias perdem a posição de principal destino de fluxos globais de investimento a partir de 2015.


Na contramão da tendência global, a economia brasileira aumenta sua necessidade de recursos externos. Possuímos o terceiro maior déficit em transações correntes do mundo. Isso significa que o Brasil precisa cada vez mais se valer de fontes externas de recursos para financiar seu desequilíbrio externo.


O governo brasileiro deveria adotar uma postura ativa de atração de investimentos estrangeiros.


A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet ), com sede em São Paulo, tem como missão estabelecer um fórum permanente de debates e de reflexão sobre a questão da inserção internacional de diferentes economias, notadamente daquelas em desenvolvimento, como a brasileira. Um dos principais objetos de estudo e de debate da entidade são as empresas transnacionais e os fluxos financeiros, tecnológicos e comerciais por elas veiculados. Além disso, a Sobeet também é responsável pela divulgação no Brasil do "World Investment Report", elaborado pela UNCTAD.


O Conselho da Sobeet - que passei a presidir em dezembro de 2014 - levando em conta as dificuldades conjunturais por que passa hoje o país, decidiu ampliar seus objetivos atuais para incluir uma maior participação das empresas brasileiras com investimento no exterior e estrangeiras com investimento no Brasil. Serão formados dois núcleos de empresas brasileiras e estrangeiras. Estas passarão a fazer parte do trabalho da Sobeet, favorecendo a ampliação do debate sobre o tema de investimento e sobre políticas públicas que possam afetar positiva ou negativamente as decisões empresariais nessa área. Além disso, um seminário dedicado ao debate sobre as dificuldades e as limitações das empresas nacionais e estrangeiras para expandir suas atividades deverá ser organizado em outubro próximo.


Não resta dúvida de que a agenda desses debates será extensa. São urgentes questões como o aproveitamento do potencial dos investimentos estrangeiros em prol do crescimento sustentado da economia brasileira, a adoção de uma atitude mais ativa na atração de IDE, a iniciativa do governo brasileiro de propor acordo de cooperação e facilitação de investimentos brasileiros no exterior com a África e a América do Sul, a melhoria da eficiência do governo e o papel das empresas transnacionais para a inserção do país em cadeias globais de valor. Um esforço adicional deverá ser feito pela Sobeet para tentar avançar nas negociações de um acordo de bitributação com os EUA e a União Europeia.


A instituição surge agora, com toda a força, em um momento delicado, para discutir políticas publicas com o objetivo de ajudar a melhorar o ambiente de negócios para o investimento direto no exterior e no Brasil


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