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Estadão ( Economia ) - SP - Brasil - 27-04-2015 - 11:06 -   Notícia original Link para notícia
Fatia do Nordeste no consumo deve encolher este ano

Estudo mostra que participação da região no consumo nacional deve cair de 19,5% para 19%; será o primeiro recuo desde 2010


O consumo da região Nordeste dá sinais de arrefecimento. A inflação em alta, que penaliza principalmente as classes de menor renda, combinada com a redução do emprego com carteira assinada e a perda de confiança da população, estão tirando o fôlego das famílias da região, tida como a queridinha dos fabricantes de bens de consumo.


Neste ano, a fatia do Nordeste no potencial de consumo do País deve diminuir em relação a 2014. Será a primeira queda de participação da região desde 2010, segundo um estudo feito pela consultoria IPC Marketing. Mesmo assim, o Nordeste continua sendo a segunda região com maior potencial de consumo, atrás do Sudeste, posição conquistada em 2008. 


"A diminuição da fatia do Nordeste é a grande novidade", afirma Marcos Pazzini, diretor da IPC Marketing e responsável pelo estudo. Neste ano, o Nordeste deve responder por 19% do total. Em 2014, a região atingiu uma participação recorde de 19,5%. Esse recuo deve significar R$ 17,148 bilhões a menos circulando no varejo da região.


Num ano em que a expectativa é de queda no Produto Interno Bruto (PIB), o estudo mostra que todas as regiões, exceto o Sul, vão diminuir sua fatia no consumo nacional, projetado em R$ 3,37 trilhões para 2015 pela consultoria. Mas a maior perda de participação deve ocorrer no Nordeste. O arrefecimento do consumo no Nordeste ocorre porque a população de menor renda, grande usuária do crédito, não está indo às compras como foi no passado porque não sabe se continuará empregada. 


Um pesquisa feita pela TNS a pedido da Acrefi, associação que reúne as financeiras, revela que subiu de 54%, em outubro, para 71%, este mês, a parcela de consumidores nordestinos que não está disposta a assumir um novo financiamento nos próximos meses.


Além da menor predisposição para ir às compras, Pazzini lembra que, pelo novo critério de classificação socioeconômica da Associação Brasileira da Empresas de Pesquisa, usado por todas os levantamentos a partir deste ano, ficou mais difícil pertencer às classes A e B. Com isso, cresceu na região o número de domicílios com menor renda e poder de compra.


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