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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 22-04-2015 - 09:14 -   Notícia original Link para notícia
Boletim Focus eleva previsão do IPCA para 2015 a 8,23%


Analistas retomam as expectativas mais pessimistas                             


Brasília - Os analistas de mercado financeiro voltaram a elevar a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que passou de 8,13% para 8,23%, de acordo com dados do Boletim Focus, divulgados na segunda-feira pelo Banco Central. Na semana passada, a projeção havia sido reduzida pela primeira vez em 14 semanas (de 8,20% para 8,13%).

Há um mês, essa expectativa estava em 8,12%. O próprio Banco Central, responsável pela divulgação do Focus, espera uma inflação de 7,9% este ano, acima, portanto, do teto da meta, que é de 6,5%. No Top 5 de médio prazo, formado pelo grupo dos economistas que mais acertam as previsões, o movimento foi contrário. A mediana para o IPCA deste ano passou de 8,73% para 8,67% esta semana. Quatro semanas atrás, estava em 8,33%.

Para o fim de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi mantida em 5,60%. Quatro semanas atrás estava em 5,61%. Também no Top 5, a projeção para a inflação ao final do ano que vem foi mantida em 6,40% - um mês antes estava em 5,64%. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC divulgado no mês passado, a taxa ficará em 4,9% pelo cenário de mercado - que considera juros e dólar constantes - ou em 5,1%, levando-se em consideração as estimativas da Focus imediatamente anterior ao documento.

A expectativa para a inflação suavizada 12 meses à frente também subiu, de 5,09% para 6,04%. Há um mês estava em 6,49%. No curto prazo, depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo IBGE, de 1,22% em fevereiro, e de 1,32% em março, a projeção para a taxa em abril continua em alta, mas ainda está em um porcentual abaixo de 1%.

De acordo com o boletim Focus, a mediana das estimativas passou de 0,65% para 0,62% - um mês antes, estava em 0,62%. Em maio, o índice deve ter alta de 0,49%, acima da previsão passada de 0,48% e dos 0,45% estimados quatro edições da Focus atrás.


Selic - O mercado financeiro manteve o consenso de que haverá uma elevação da Selic dos atuais 12,75% ao ano para 13,25% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para o fim de abril. Além disso, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, para o fim deste ano, a mediana das previsões foi mantida em 13,25%. Há um mês, a estimativa era de que a Selic encerrasse 2015 em 13,00% ao ano. A taxa média do ano caiu de 13,17% ao ano para 13,14%. Quatro semanas antes, essa taxa média estava em 13,03% ao ano.

Para o fim de 2016, a mediana das projeções foi mantida em 11,50% ao ano de uma semana para outra. Esta é a décima sexta semana consecutiva que a taxa está estacionada neste patamar. A previsão para a Selic média do ano que vem também foi mantida, em 12% - a taxa observada há um mês era de 11,83%. Isso embute a perspectiva de que a Selic subirá para além do que é esperado para o fechamento do ano e que depois, o Copom voltará a reduzir a taxa.

No caso dos economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 de médio prazo, a Selic encerrará este ano em 13,50% ao ano, mesmo número da previsão anterior. Para 2016, a expectativa é de que a taxa fique em 12% ao ano, mesmo previsão há quatro semanas. (AE)



Estimativa do câmbio é reduzida                          


Brasília - Depois do dólar em queda na semana passada, as previsões para o comportamento do câmbio no fim deste ano foram reduzidas no Relatório de Mercado Focus do Banco Central. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o dólar no encerramento de 2015 caiu para R$ 3,21.

As previsões vinham em alta - na semana passada, estava em R$ 3,25 e, quatro edições anteriores, em R$ 3,15. A taxa média prevista para este ano recuou pela segunda semana consecutiva, de R$ 3,13 para R$ 3,11 - um mês antes estava em R$ 3,10. Já para 2016, a cotação final segue em R$ 3,30 - estava em R$ 3,20 quatro levantamentos antes. A taxa média para o ano que vem, também estável, ficou em R$ 3,21. Um mês antes estava em R$ 3,11.

O mercado financeiro também piorou a estimativa de retração de 1,01% para 1,03% no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços do país. Foi mantida a expectativa de retração na produção industrial em 2,5%. Não houve alteração, no boletim Focus, em relação à dívida líquida do setor público em proporção do PIB, com 38%.

No setor externo, a estimativa para o déficit em conta corrente continua em US$ 77 bilhões, se a balança comercial fechar o ano com saldo de US$ 4,3 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos em US$ 56 bilhões.


Preços Administrados - Os analistas de mercado mantiveram a expectativa de alta dos preços administrados em 13% pela terceira semana consecutiva. Há um mês, a mediana das previsões estava em 12,60%. Para os analistas responsáveis pelo relatório do Banco Central, os preços administrados devem apresentar alta de 11% em 2015, número que leva em conta variações ocorridas, até fevereiro, nos preços da gasolina (8,4%) e do gás de bujão (1,2%), bem como as hipóteses, para o acumulado de 2015, de redução de 4,1% nas tarifas de telefonia fixa e de aumento de 38,3% nos preços da eletricidade.

Já para 2016, a expectativa no boletim Focus da pressão para a inflação desse conjunto de itens aumentou. Depois de nove edições consecutivas em 5,50%, passou para 5,60% no boletim divulgado nesta manhã pelo BC. (AE)



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