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Estado de Minas Online ( Negócios e Oportunidades ) - MG - Brasil - 19-04-2015 - 11:31 -   Notícia original Link para notícia
Mercado exige persistência

Trabalhar com aparelhos auditivos é um bom negócio, mas conhecimento e aposta em diferenciais são fundamentais para conquistar o cliente e superar momentos de crise


Augusto Pio


Publicação:19/04/2015 04:00



Para vencer nesse ramo, é preciso ter domínio tecnológico, ética e paciência para lidar com pessoas tão diferentes, que dependem de você e do seu conhecimento para realizar compras satisfatórias Camila Morais, proprietária da AudioSave Aparelhos Auditivos

O mercado de aparelhos auditivos se mostra crescente para alguns empresários e estável para outros. Porém, o certo é que o segmento movimenta bilhões por ano, gerando milhares de empregos. Há 40 anos no ramo, Marinete Moura da Siva, diretora-administrativa do Centro Audiovisão, garante que, na atual conjuntura pela qual o país está passando, permanecer no mercado já é uma vitória. "Na realidade, acredito que, no momento, investir em qualquer ramo requer habilidade e muito conhecimento. Estamos com alguns planos no estaleiro, aguardando a volta do crescimento econômico do Brasil. Esse é um setor no qual é preciso ter muita persistência", ressalta Marinete. O Centro Audiovisão foi fundado por José Pereira Neto em 1980, completando 35 anos no mês passado. Com mais de 20 empregados, a empresa oferece toda a linha de aparelhos auditivos e acessórios, além de equipamentos audilógicos e ótica. "Nossos funcionários já estão conosco há mais de 20 anos", orgulha-se Marinete.



"Além da loja no Centro da capital, temos também um show-room na Região de Venda Nova, com loja própria, e em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nossa marca conta com uma nova linha de aparelhos auditivos que oferecem inovações, como conectividade wireless, tecnologias soundscape e nanocoating, que possibilitam alta performance para todos os graus de perda auditiva, adaptando-se aos diversos ambientes. Nossos aparelhos são importados, uma vez que nossa empresa é representante e distribuidora da marca Puretone, do Reino Unido", orgulha-se Marinete. "Oferecemos venda e assistência técnica em aparelhos auditivos e equipamentos audiológicos, além de cabine audiométrica, que é necessária para os testes."



Marinete conta que entrou no ramo por acaso. "Ao me mudar de Pernambuco para Minas Gerais, meu primeiro emprego foi em uma empresa de aparelhos auditivos, na qual trabalhava na área administrativa. Com o passar do tempo fui me entrosando com a equipe de vendas, aprendendo a conhecer a tecnologia, que na época era bem mais simples, e me apaixonei pelo ramo, no qual permaneço até hoje." Ela acredita que um dos diferenciais do Centro Audiovisão é que a empresa conta com um laboratório protético e assistência técnica própria, proporcionado ao cliente atendimento personalizado, com prazo rápido. "Diante disso, não necessitamos enviar os aparelhos para outros estados." Embora aposte em crescimento para este ano, Marinete lamenta que as projeções para 2015 poderão ficar abaixo das de 2014.

TECNOLOGIA Murilo Pinto Gouvêa, proprietário da Nova Audição Centro Auditivo, fundada em 1975, ressalta que o mercado está em compasso de espera devido ao câmbio. Mesmo assim, acredita que vale a pena investir no ramo. "É um mercado inovador, que apresenta muita tecnologia. É um trabalho que exige muita seriedade, pois tudo prometido tem que ser cumprido com o cliente. Não podemos nunca deixar o cliente sair da loja sem alguma solução. Procuramos sempre resolver o problema dele." Com 21 colaboradores, Murilo está com expectativa de crescimento de 15% para este ano em relação a 2014.



No mercado desde 1980, o empresário informa que o carro-chefe da empresa são os aparelhos auditivos e acessórios. Um dos mais procurados é o sistema de conectividade, permitindo que a pessoa assista à TV, fale ao telefone, acompanhe reuniões, missas e cultos por meio do bluetooth. Nosso departamento técnico permite fazer manutenção preventiva e corretiva em todo modelo de aparelho auditivo", orgulha-se Murilo, acrescentando que a procura maior é pelas pilhas para uso nos aparelhos, cuja venda está sempre em promoção.



"Sendo uma empresa familiar, segui a tradição na área da saúde e comercial. Comecei como ajudante, passando para a parte técnica, supervisão comercial e diretoria", lembra Murilo. "Acredito que um dos nossos diferenciais esteja no atendimento. Procuramos sempre excelência no mesmo. Trabalhar nesse ramo é muito gratificante, pois poder observar o sorriso de felicidade estampado no rosto de uma pessoa é muito bom e não há dinheiro que pague isso."
O dono da Nova Audição Centro Auditivo conta que uma de suas estratégias de vendas é trabalhar com preços mais econômicos. "Para isso, reduzimos a nossa margem de lucro. Além disso, ensinamos os clientes sobre os cuidados a serem tomados com os aparelhos e como aproveitá-los ao máximo." Sem revelar números, Murilo diz que montar uma loja no segmento é um investimento alto.

QUALIDADE DE VIDA Já Camila Morais, fonoaudióloga, intérprete de Libras e proprietária da AudioSave Aparelhos Auditivos, acredita que o mercado tenha desacelerado um pouco no momento, uma vez que a economia brasileira vem enfrentando uma recessão. "Mas, por serem produtos relacionados à saúde e que proporcionam mais qualidade de vida e ajudam na ressocialização das pessoas com seus familiares e amigos, elas fazem o esforço para realizar a compra", esclarece Camila, que prevê crescimento na ordem de 10% para este ano. "Para vencer neste ramo é preciso ter domínio tecnológico, ética e paciência para lidar com pessoas tão diferentes, que dependem de você e do seu conhecimento para realizar compras satisfatórias."



Aberta há dois anos, a Audiosave oferece soluções auditivas com tecnologia de ponta. "Isso inclui aparelhos auditivos, baterias para aparelhos de diversos modelos, desumidificadores elétricos e de sílica, acessórios de conectividade sem fio, que proporcionam melhor entendimento de fala para uso de telefones e televisões, sistemas de frequência modulada (FM), que auxiliam o entendimento de fala em situações ruidosas, como salas de aula, moldes para aparelhos auditivos, tampões flutuantes de silicone para natação, manutenção de aparelhos de todas as marcas e retornos para músicos. Acredito que o nosso diferencial esteja no conhecimento aprofundado nos recursos dos equipamentos e a ética no processo de venda, visando atender à real necessidade dos clientes."



Camila, que está há sete anos no ramo, conta que está feliz com o andamento do negócio. "Aos poucos, a empresa vem crescendo, com fonoaudiólogas parceiras, que passam a oferecer os serviços de adaptação e venda dos nossos produtos, e com médicos que acreditam no nosso trabalho, indicando a empresa no momento do diagnóstico." Para abrir uma empresa como a AudioSave, Camila acredita que o capital a ser investido seja de R$ 100 mil. "Antes de montar, é preciso conhecer os produtos, trabalhar dando atenção às queixas dos clientes e colocar-se no lugar deles. Afinal de contas, o especialista é você e o cliente tem todo o direito de sab


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