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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 18-04-2015 - 13:44 -   Notícia original Link para notícia
S&P revisa para negativa perspectiva de seis bancos

São Paulo - A Standard & Poor´s afirmou e revisou para negativa, de estável, a perspectiva dorating de seis bancos brasileiros: Safra, Daycoval, Fibra, Mercantil do Brasil, Bic Banco e Banco do Estado do Pará. Ela também rebaixou o rating em escala nacional dos bancos Fibra, Mercantil, Indusval e Bic Banco, revisando a perspectiva também para negativa.

De acordo com a agência de classificação de risco, as ações incorporam a revisão da avaliação de risco da indústria bancária (Bicra, na sigla em inglês) do Brasil para negativa, de estável.

"Apesar das ações do governo para recuperar a confiança dos investimentos e impulsionar a economia, nós consideramos que as medidas fiscal e monetária irão pressionar a renda das famílias e resultar em uma contração econômica que irá enfraquecer a qualidade de ativos e lucratividade dos bancos", diz a em nota a S&P.

A agência também revisou avaliação de resiliência econômica do país para grau de risco muito alto", de "grau de risco alto", o que reflete a opinião de que as perspectivas de crescimento econômico continuam a enfraquecer, enquanto o déficit fiscal deve permanecer elevado.


Fitch - Os escândalos de corrupção no Brasil podem ter impacto na imagem e nos custos operacionais dos bancos que atuam no Brasil, mas a agência de classificação de risco Fitch acredita que esse risco potencial deverá ser absorvidos pelas instituições financeiras devido ao sistema de regulação bancária. "As investigações de combate à corrupção novas e em andamento criaram um ambiente de litígio mais intenso que podem adicionar ventos contrários aos bancos brasileiros no curto prazo", diz o comunicado enviado pela agência de risco nesta sexta-feira.

O documento, assinado pela equipe do diretor-sênior de Instituições Financeiras da América latina, Claudio Gallina, cita os escândalos de corrupção e disputas judiciais que podem atingir os bancos. Além da Lava Jato, que atinge a Petrobras e grandes construtoras, a agência de classificação de risco cita como fatores negativos ao setor o julgamento sobre as correções da poupança com planos econômicos, no Supremo Tribunal Federal (STF), e a investigação de crimes de evasão fiscal no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), em que alguns grandes bancos são citados, embora neguem envolvimento.

"As investigações ainda estão em seus estágios iniciais e as informações são limitadas sobre o alcance dessas investigações e quais instituições especificamente estariam sendo investigadas ou poderiam estar diretamente implicadas", diz o comunicado, que lembra que os bancos negam qualquer ato ilício e nem mesmo admitiram até agora que estão sendo formalmente investigados. "No geral, se o envolvimento de um banco em um esquema de corrupção é provado, pode causar sérios danos à reputação da franquia e levar a aversão ao risco por parte dos investidores e clientes, resultando em pressão sobre os seus ratings."

Apesar dos fatores que podem pressionar o rating do bancos no Brasil, a Fitch acredita que o ambiente regulador no Brasil, que inclui a supervisão do Banco Central e a implementação das novas regras de requerimento mínimo de capital aos bancos, conhecido como Basileia 3, devem mitigar esse ambiente negativo. "São fatores que devem ajudar os bancos brasileiros a absorver qualquer encargo financeiro decorrente deste risco potencial", disse. (AG)


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