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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 18-04-2015 - 13:34 -   Notícia original Link para notícia
Inflação de serviços vai a 1,48% em SP

São Paulo - São Paulo - Os elevados custos com energia elétrica impulsionaram a inflação de serviços na capita paulista para uma taxa de 1,48% na segunda leitura de abril, após 1,11% na pesquisa anterior, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). "Segue alta porque energia elétrica tem um peso elevado, e deve continuar pressionando nas próximas semanas", estimou o coordenador do Índice Geral de Serviços (IGS) e também do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André Chagas

A alta de 1,48% na segunda medição do mês superou a de 0,88% do IPC - que mede a inflação na capital paulista. Já os preços administrados atingiram 2,91%, depois de 2,13% na primeira pesquisa de abril. A despeito de esperar que a conta de luz mais cara continue influenciando tanto o IGS quanto o IPC, Chagas acredita que as altas mais significativas podem ter ficado para trás.

"Se o ápice do impacto não foi nesta segunda leitura, poderá ser na seguinte", disse, ao referir-se aos efeitos dos reajustes no sistema de bandeira tarifário na cor vermelha e dos aumentos extraordinários realizados em março pelo setor energético. "Ainda que as influências de energia elétrica diminuam, acredito que o item terá peso na inflação de todo o ano, pois há sinais de novos aumentos", ponderou.

Além disso, o consumidor paulistano começará a sentir em breve o aumento autorizado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) de 13,87% na conta de água e esgoto da Sabesp. O reajuste ainda precisa passar por consulta pública. "Já tem este aumento contratado, mas só para maio", explicou.


Expectativa - "Quanto a administrados, não está difícil de errar a previsão. Ainda temos uma inflação de energia elétrica. Por isso, acertamos a alta estimada para Habitação (previsão era de 2,06% e veio 2,06%)", disse. Para Chagas, o complicado é fazer projeção para os preços não monitorados, dentre eles os de alimentos. Tanto que um dos motivos para o resultado maior que o esperado para o IPC da segunda leitura de abril foi a alta de 1,18% em alimentação fora do domicílio, ante expectativa de 0,82%, disse.

"A principal razão é o repasse de custos de bares e restaurantes, que estão tentando recompor um pouco a margem de lucro, devido ao aumento de energia elétrica e também aos preços elevados de alimentos", argumentou.

O grupo Alimentação subiu 0,47% na segunda medição de abril, depois de 0,42% na anterior. Além da surpresa com a alta maior em Alimentação, o economista não contava com variação positiva de 0,22% em Despesas Pessoais, mas sim de apenas 0,03%. "O responsável foi o item Viagem/Excursão, que teve queda de 0,24%, enquanto esperávamos -2,07%. Nesta leitura, já começaram a entrar os efeitos de gastos com viagem, por causa do feriado. Além desse erro, chama a atenção serviços pessoais, que tiveram alta de 0,90% ante estimativa de 0,68%. Aqui, entram pressões de cabeleireiro, manicure, sapateiro e lavanderia", citou.

Em compensação, ponderou Chagas, o grupo Saúde teve um resultado abaixo do previsto (de 0,91%), ficando em 0,64% na segunda medição de abril. Segundo o economista, o aumento médio de quase 6%, autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) para os medicamentos, no final de março, ainda não está sendo repassado totalmente aos consumidores. A expectativa da Fipe era que o item remédios apresentasse uma alta de 1,20% nesta segunda medição, mas veio 0,62%. "Pode ser que o setor esteja tentando desovar estoques ou com receio de elevar os preços, com medo de prejudicar o faturamento, neste momento que a renda não está correspondendo", estimou.

O economista também destacou a inflação de 0,92% do grupo Vestuário, após 0,67% na primeira leitura do mês. O resultado, disse, pode refletir a mudança de estação. "Também pode ser um momento do setor para aproveitar para recompor um pouco a margem, que está comprimida", disse. Dentre os destaques, Chagas mencionou a alta de 1,29% de roupas femininas e de 1,31% de artigos infantis. (AE)


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