EM BH, DISCÍPULO DE ATALA FAZ SUCESSO COM PRATOS CONTEMPORÂNEOS

Numa casa modernista da década de 50, na Rua Curitiba, em Belo Horizonte, funciona o Alma Chef, que, mesmo tendo sido inaugurado há menos de seis meses, já conquistou a fama de estar entre os melhores restaurantes da capital mineira. Na verdade, o lugar vai um pouco além de ser apenas um restaurante. É um misto de escola, ambiente para almoços reservados e eventos sociais e corporativos, além de empório e padaria. Por lá, são vendidos azeites aromatizados, compotas, massas artesanais e molhos de fabricação própria e artesanal. São 700 metros quadrados para celebrar a boa mesa.

FOTOS DE MARCOS LEÃOA CASA de linhas modernistas: misto de restaurante, escola, empório e espaço para eventos

No comando, os chefs Felipe Rameh e Thiago Guerra - sendo que este último deixou as panelas de lado para se dedicar à área administrativa do negócio. Felipe explica que a comida não é só brasileira, não é clássica, não se enquadra numa única definição.

- É um pouco de tudo, mas não fechamos em apenas um perfil. Podemos dizer que é cosmopolita. O cardápio muda, impreterivelmente, a cada três meses, para valorizarmos os produtos da estação - diz Felipe.

- É enxuto, descomplicado. São nove entradas, seis pratos principais e três sobremesas. No início, mudávamos o menu todos os meses, mas o público estranhou muito - emenda Thiago.

Durante a semana, os almoços são servidos num esquema bufê executivo, que é servido pelos chefs que cuidaram do preparo. À noite, no serviço à la carte, destaque para o polvo à Galícia com páprica picante e limão siciliano ( entrada) e para o polvo ao forno com chibé de milho flocado e banana da terra.

Aos 33, Felipe já passou pelo espanhol Mugaritz ( 2 estrelas Michelin) e pelos restaurantes D. O. M. e Dalva e Dito, de Alex Atala. O chef paulista virou amigo e esteve no Alma Chef pouco depois da inauguração para comandar um jantar para um grupo de 80 pessoas. No dia 28, Felipe estará no Rio para cozinhar no restaurante de Roberta Sudbrack.