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Portal O Tempo ( Últimas Notícias ) - MG - Brasil - 15-04-2015 - 08:50 -   Notícia original Link para notícia
Quase metade das motocicletas que rodam em BH estão em más condições - 15h54

Levantamento divulgado pela nesta quarta-feira avaliou veículos de 224 de motociclistas abordados pela campanha 'Ande Seguro'Fonte NormalMais NotíciasFLAGRANTE / CIDADES. BELO HORIZONTE, MG. FLAGRANTE Homem e flagrado utilizando o celular enquanto dirige motocicleta FOTO: LINCON ZARBIETTI / O TEMPO / 28.05.2014PUBLICADO EM 15/04/15 - 15h54RAFAELA MANSUR


As condições de 40,4% das motocicletas que circulam em Belo Horizonte são ruins, enquanto apenas 7,2% delas estão em boas condições, segundo pesquisa divulgada hoje pela de Belo Horizonte (/ BH). "O que mais preocupa é a situação de freios, rodas e equipamentos de segurança, como o capacete", disse o coordenador da Câmara Setorial Duas Rodas da instituição, Milton Furtado.


Entre os dias 26 de agosto e 2 de outubro de 2014, 224 motociclistas foram abordados pela campanha, chamada "Ande Seguro", e tiveram os veículos avaliados por especialistas técnicos. Segundo Furtado, a principal justificativa apontada para a não revisão das motocicletas foi a falta de tempo. "Nenhum falou que é porque é caro ou barato, e sim o tempo que é curto", disse.


Segundo ele, a / BH está reivindicando redução de impostos sobre equipamentos de segurança - joelheira, bota e casaco -, como fez em 2013 com os capacetes. "Isso já está na Câmara, estamos aguardando o desenrolar dessa parte jurídica e política para ver o que vai acontecer", disse Furtado. Ele afirmou que a medida pode reduzir em até 15% o preço final desses produtos.


Além disso, a Câmara pretende fazer campanhas educativas voltadas, principalmente, para não motofretistas, isto é, motociclistas que não trabalham com o transporte de cargas. A decisão tem base no resultado da pesquisa, que mostrou que as condições gerais dos veículos desses condutores são piores do que as dos motofretistas. Para esses profissionais, uma lei específica determina, entre outros pontos, a obrigatoriedade de frequentar um curso de 30 horas/ aula.


Atualmente, de acordo com a BHTrans, existem mais de 5 mil motofretistas cadastrados na capital. "Aquele que será profissional deve agir como profissional, cuidar de sua moto e aprender a se portar no trânsito", disse o analista de gerência de educação para mobilidade do órgão, Ronaro Ferreira. Segundo ele, os acidentes envolvendo motociclistas caíram de 4% a 5% desde 2010, e as principais causas continuam sendo a falta de atenção, a circulação nos corredores e o não cumprimento da distância de segurança. "Poderíamos comemorar, mas queremos continuar melhorando para ter ainda menos acidentes", afirmou.


No Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, no centro da capital, o número de atendimentos a motociclistas caiu cerca de 10% entre 2013 e 2014, de 7.131 para 6.992. O número de óbitos também ficou menor no período, de 104 para 83. Por outro lado, a complexidade dos casos aumentou.


"As pessoas ficam muito preocupadas com traumatismos cranianos, que realmente podem levar o paciente ao óbito, mas a grande maioria dos pacientes se complicam por lesões de membros inferiores", disse o coordenador do setor de urgência e internação da unidade, Marcelo Lopes Ribeiro. Segundo ele, 80% dos acidentes envolvem crânio, pescoço e pernas e acontecem, principalmente, devido à falta dos equipamentos de segurança. "Temos pacientes que, se estivessem com a bota protegendo o tornozelo e a canela, não teriam fraturado o osso", afirmou.


Ele disse, ainda, que a gravidade dos casos gera dois problemas: a falta de peças no mercado, como haste e pino, devido à alta demanda, e o aumento do tempo de internação dos pacientes. "Temos pacientes internados há três anos no hospital por causa de sequelas".


Outra proposta para melhorar a situação dos motociclistas é mudar a forma de habilitação da categoria A. Diferentemente de hoje, o processo se daria em duas fases. "Primeiro, o candidato aprende e é avaliado na pista que temos hoje; depois, se aprovado, ele faz a avaliação no trânsito real, do dia a dia", explicou a coordenadora de educação no trânsito do Detran-MG, Maria Cecília Lopes de Abreu.


Outra medida é requalificar todos os instrutores que atuam nos centros de condutores. De acordo com o órgão, hoje existem 202.756 motocicletas em Belo Horizonte, ante 28.341 habilitados na categoria. "Daí a importância da fiscalização, para evitar que a pessoa não habilitada conduza um veículo", completou Maria.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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