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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 14-04-2015 - 10:36 -   Notícia original Link para notícia
GPA diminui distância do Carrefour

Negócios na área alimentar do Grupo Pão de Açúcar (GPA) conseguiram alguma recuperação neste início de ano, reduzindo o tamanho das diferenças de crescimento em relação ao rival Carrefour. Mas a operação de lojas físicas da Via Varejo, criada a partir da união de Casas Bahia e Ponto Frio em 2009, continua sem reação.


É um termômetro de mercado indicando que o consumidor pode reagir a ajustes estratégicos em negócios que ainda são considerados mais resistentes, como supermercados e hipermercados, apesar da crise no consumo. Mas em segmentos ligados à crédito e juros, como varejo eletrônico, deve estar mais dura a batalha para trazer clientes para as lojas.


Leitura inicial dos analistas considera a hipótese de o grupo ter conseguido colher alguns resultados iniciais das ações para recuperação nas vendas em hipermercados, após fechar 2014 com queda de 2,3% nas vendas por metro quadrado neste formato. De janeiro a março, as vendas líquidas das marcas Extra e Pão de Açúcar subiram 2,8%, versus índice menor, de 0,3%, de outubro a dezembro, informou ontem a empresa.


Diminuiu a distância do GPA para o Carrefour - este expandiu as vendas brutas em 13,1% de janeiro a março (versus 8% nas vendas líquidas no GPA Alimentar). No último trimestre de 2014, o Carrefour apurou alta de 14,7% e o GPA, de 5,8%. "As iniciativas de maior competitividade e dinâmicas comerciais têm permitido a melhora sequencial da bandeira Extra [...] revertendo a tendência para crescimento positivo", informou em relatório de vendas.


"Vendas 'mesmas lojas' em varejo alimentar estão se recuperando gradualmente à medida que iniciativas são implementadas. Esse índice mostrou uma melhoria gradual para 3,7% no primeiro trimestre (foi 1% no quarto trimestre e 0,6% no terceiro)", escreveu Gustavo Oliveira, analista do UBS.


"O foco da empresa na eficiência operacional e forte execução deve levar a uma margem Ebitda estável em 2015, apesar do investimento contínuo dos preços para impulsionar a participação de mercado".


A melhora em vendas no hipermercado não é mencionado pelo grupo como reflexo de perda de receita em outra marca, como atacado ou supermercado. O Assaí cresceu 26,3% de janeiro a março, versus taxa maior, de 40%, no mesmo período de 2014 (e 26,5% de outubro a dezembro de 2014). Para analistas, há possibilidade de expansão do Extra sobre rivais de hipermercado ou supermercado.


Na avaliação de Guilherme Assis, analista da Brasil Plural, a melhoria das vendas de alimentos do grupo ocorrem num "momento oportuno, quando os investidores começaram a questionar a capacidade da empresa de capturar a resiliência do mercado e de responder à escalada da concorrência."


Quanto à operação das lojas de Casas Bahia e Ponto Frio, ao comparar com o varejo alimentar, Assis cita "tendências diferentes". A receita líquida da Via Varejo caiu 1% de janeiro a março, ao se contar efeitos do fechamento de 42 lojas. Em igual período de 2014, houve alta de 5,8% (na época, lojas não tinham sido fechadas). Ao se isolar o efeito dos pontos fechados, a venda de janeiro a março fica estável.


As vendas "mesmas lojas" caíram 2,3% de janeiro a março, versus alta de 1,5% de outubro a dezembro e expansão de 3,8% de janeiro a março de 2014.


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