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Estado de Minas Online ( Negócios e Oportunidades ) - MG - Brasil - 12-04-2015 - 13:36 -   Notícia original Link para notícia
Impacto do dólar na compra de uma franquia

LUCIEN NEWTON


A indústria do franchising sempre se mostrou promissora e avança descolada da economia tradicional dos países. O atual momento econômico brasileiro, por exemplo, é complexo e requer prudência por parte dos investidores. A projeção da Associação Brasileira de Franchising (ABF) para o crescimento do setor de franquias em 2015 é faturamento entre 7,5% e 9%, avançando em até 10% o número de unidades, e em 8%, o montante de marcas. A valorização cambial, com o dólar ultrapassando a marca de R$ 3,20, gerou uma preocupação para quem planeja comprar uma franquia no momento: investir em uma franquia nacional ou em uma marca internacional?

Quase 6% das marcas de franquias presentes no Brasil são estrangeiras, conforme dados da ABF. O setor brasileiro de franchising é predominantemente nacional, com o montante de 94,4% das marcas. Em contrapartida, as franquias brasileiras também estão presentes no mercado internacional, com 160 marcas e lojas em 53 países do mundo. Os segmentos com maior participação no exterior são esporte saúde, beleza e lazer, com 18,30%; acessórios pessoais e calçados, também com 18,30%; e alimentação, 16,10%.

O que deve ser considerado ao decidir investir em uma franquia nacional ou uma internacional? Um exemplo prático e de fácil visualização está nas franquias de alimentação. Uma representante nacional que oferece alimentação fast food deve se ocupar com os preços dos insumos e maquinários disponíveis no Brasil. Já nas lojas com marca internacional, esse abastecimento será com produtos importados, o que certamente será impactado pela alta do dólar e poderá levar ao repasse da alta de preços para o consumidor ou à redução da margem de lucro. A opção por uma marca internacional leva o franqueado a considerar também muitas variáveis, como as normas do modelo de negócio (certamente diferentes das brasileiras); o plano de publicidade e de marketing (é necessário readaptar esses fatores para o público local); a forma de comunicação sobre o produto e/ou serviço com o público-alvo, entre outros fatores.

O exemplo citado acima não significa que as redes internacionais de franquias não sejam boa opção para quem quer investir no franchising. Apenas analisamos vários meios para minimizar o impacto da alta da moeda norte-americana em resultados nacionais. A oscilação do dólar é um movimento que sempre existirá e não poderá ser o único fator a pesar na decisão do futuro franqueado. Sabemos que uma marca internacional tem seu reconhecimento e valor no mercado mundial e que muitas pessoas são levadas a consumir um determinado produto ou serviço somente pelo nome que a representa.

A valorização das franquias nacionais, como uma moeda da casa, pode fortalecer cada vez mais o mercado nacional de franchising e ainda ampliar a atuação brasileira no processo de internacionalização. Em momentos de incertezas e de crise econômica e política, como a que vivemos atualmente no Brasil, é fundamental buscar alternativas para evitar os fatores que onerem o futuro franqueado. A escolha de uma marca exige muito mais que um nome. O empresário deve sempre levar em consideração a empatia com o segmento, além de fazer uma ampla pesquisa sobre o mercado e aceitação do produto e/ou serviço em que pretende investir.


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