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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 11-04-2015 - 13:28 -   Notícia original Link para notícia
Extinção de empresa registra crescimento de 51,6% em Minas

O fechamento de empresas em Minas Gerais cresceu 51,6% em março na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, conforme dados da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg). No mês passado, 2.244 empresas foram extintas, contra 1.480 estabelecimentos em março de 2014.

Em relação a fevereiro, houve aumento de 60,6%. Naquele mês 1.397 empreendimentos encerraram suas atividades em Minas Gerais. No acumulado de janeiro a março 5.164 foram encerradas no Estado, contra 4.859 empreendimentos nos primeiros três meses de 2014. Isto representa um aumento de 6,2% no período, de acordo com as informações da Jucemg.

Na avaliação da diretora de Registro Empresarial da Jucemg, Lígia Xenes, a atual situação da economia brasileira influenciou no desempenho registrado no primeiro trimestre. Porém, segundo ela, o principal fator que impulsionou o encerramento de empresas é a mudança na legislação com a Lei Complementar nº 147, em vigor desde julho do ano passado, que facilitou o processo de encerramento de empresas.

Com a nova lei, todas as empresas estão dispensadas de comprovar a inexistência de débitos para extinguir firma. Antes da mudança na legislação, somente as micro e pequenas empresas (MPEs) e empresas de pequeno porte tinham este direito.

"Isto dá oportunidade de a empresa vir à junta extinguir a empresa e somente depois ela vai resolver os problemas fiscais", informa. De acordo com Lígia Xenes, a própria Jucemg está dando baixa nas empresas junto à Receita Federal.


Abertura - Por outro lado, a abertura de empresas em Minas Gerais caiu no primeiro trimestre. Foram registrados 10.447 novos estabelecimentos entre janeiro e março, ante 10.880 empreendimentos em igual intervalo de 2014, isto representa queda de 3,9% na comparação trimestral, conforme as informações da Jucemg.

Porém, em março houve avanço de 24,4% na abertura de empresas em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O registro de firma passou de 3.453 empresas em março de 2014 para 4.298 estabelecimentos no mês passado. Já na comparação com o mês anterior (3.129 empresas) houve incremento de 37,3%.

Entre os fatores que influenciaram a retração no acumulado de 2015, conforme a diretora da Jucemg, está a opção de empresários por abrir empresas através do regime de Microempreendedor Individual (MEI). Dessa forma, a abertura não passa pela junta comercial.

Lígia Xenes ressalta que o momento ruim da economia poderá ter efeito contrário na abertura de empresas. Ela explica que trabalhadores demitidos podem optar por abrir o próprio negócio em meio à dificuldade de encontrar oportunidades no mercado de trabalho.


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