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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 11-04-2015 - 12:59 -   Notícia original Link para notícia
Vendas de material de construção em alta

Resultados do primeiro trimestre deste ano foram 4% superiores às do mesmo período do exercício passado


Apesar do desaquecimento da construção civil, o comércio de materiais de construção em Minas Gerais está aquecido. As vendas do primeiro trimestre deste ano foram 4% superiores às do mesmo período do exercício passado. As reformas, agora alavancadas pela disponibilidade de mão de obra no mercado, continuam puxando o desempenho do varejo do segmento.

"Com a desaceleração da economia que levou às demissões na construção civil, muitas pessoas que pretendiam reformar e tinham recursos, passaram a encontrar mão de obra disponível no mercado, o que não tinha antes. Houve um deslocamento de mão de obra da construção civil e pesada para as reformas", explicou o presidente da Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG), Rui Fidelis.

Além disso, Fidelis acrescentou que a crise hídrica e a elevação do custo da energia elétrica também trouxeram uma nova demanda por reparos nas redes hídricas das residências, troca de equipamentos como vasos sanitários e torneiras mais econômicos ou com regulagem de vazão de água, bem como para a instalação de sistemas mais eficientes em termos de consumo de energia. "Isso tudo colaborou para aumentar as vendas do varejo do segmento", disse Fidelis.

Por outro lado, dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) apontaram uma queda de 8,8% nas vendas de materiais de construção no acumulado de janeiro a março deste ano em relação ao mesmo período de 2014, refletindo, principalmente, a forte queda na atividade das construtoras, tanto no segmento imobiliário como nas obras de infraestrutura.

"A indústria de material de construção tem um foco diferente do comércio varejista do segmento. A indústria atende grandes obras e tende a sentir mais os efeitos da desaceleração da economia porque estas obras estão praticamente paradas, enquanto o varejo atende, por exemplo, o mercado de reformas e pequenos reparos", analisa o presidente da Acomac-MG

Para Fidelis, o varejo de materiais de construção no Estado não está "bombando", mas também não está passando por uma crise, como outros segmentos da economia mineira e nacional. Um bom reforço para essa afirmação, segundo ele, é que as lojas de Minas Gerais estão mantendo os níveis de emprego.

Em 2014, graças às reformas de imóveis e à continuidade de obras que já haviam começado, as lojas de materiais de construção do Estado conseguiram fechar o exercício no azul, com crescimento de 2,5% sobre 2013 em termos de receita, nas contas da Acomac-MG. No entanto, o resultado ficou abaixo da projeção feita no começo daquele ano, que indicava um aumento da ordem de 7%. Para 2015 a entidade prevê uma evolução de 6%.

De acordo com informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria de construção civil de Minas Gerais encerrou o exercício passado com um saldo negativo de emprego formal de 20,8 mil vagas.

Enquanto isso, com base mas informações da Abramat, o faturamento da indústria de materiais de construção em todo o país em 2014 caiu 6,6% em relação a 2013. Para a receita deste ano, as previsões da entidade apontam um crescimento da ordem de 1% em relação ao exercício passado, que é uma base fraca de comparação.


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