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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 08-04-2015 - 10:58 -   Notícia original Link para notícia
Se crise continuar, varejo não cresce nada, diz Luiza

Por Rodrigo Polito e Adriana Mattos | Do Rio e de São PauloMagazine Luiza descarta plano de entrada no Rio neste ano, diz Luiza Helena


O primeiro trimestre de 2015 tem sido mais difícil para o varejo em comparação com igual período do ano passado, disse ontem a presidente do Magazine Luiza e do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Luiza Helena Trajano. Se o atual processo de desaquecimento na economia e no consumo perdurar, Luiza acredita que o setor não deve crescer em 2015. No ano anterior, em 2014, o segmento já havia registrado o pior desempenhos dos últimos 11 anos.


"O segundo semestre é muito importante. Depende de quanto tempo durar a crise. Se durar o ano inteiro, vai crescer nada. Se não durar, pode crescer 3%, 4%", afirmou Luiza, durante congresso anual da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), no Rio de Janeiro.


Segundo ela, um fator positivo é o fato de a inadimplência estar sob controle. Um dos caminhos para buscar reação do cliente é ser mais eficiente nas ações promocionais. "É saber oferecer o produto certo, no preço certo". Indicador de inadimplência (no varejo) do Banco Central mostra índice em 7,7% em fevereiro, versus 8,2% em fevereiro de 2014.


Há dois meses, Luiza mencionou, em evento sobre consumo, que uma de suas preocupações era a demora na recuperação dos índices de confiança do consumidor, o que afeta desempenho do setor.


Novamente, a empresária voltou a defender o ajuste fiscal em curso pelo governo. "O ajuste é necessário. Será por um período. Mas tem que ser muito bem comunicado, muito bem explicado para onde vamos sair".


Neste ano, o varejo foi informado de duas alterações na política de apoio ao consumo, a suspensão do programa do governo "Minha Casa Melhor", de incentivo à venda de eletroeletrônicos, e da redução na desoneração da folha de pagamentos das empresas. Não eram ajustes esperados pelo varejo. Ontem, Luiza defendeu a retomada do programa Minha Casa Melhor.


Com relação ao Magazine Luiza, a empresária descartou planos de abrir lojas no Rio de Janeiro neste ano. "É um mercado muito difícil para chegar, porque os imóveis são muito caros e você tem que chegar com cinco, seis lojas. Ainda não tivemos uma oportunidade", concluiu a executiva.


Luiza ainda disse que, "independentemente da crise", o grupo vai crescer organicamente neste ano, com a inauguração de 30 lojas, sendo 20 aberturas no primeiro semestre. Em teleconferência com analistas em fevereiro, a empresa mencionou de 40 a 50 aberturas. "Como compramos duas redes muito grandes e levamos dois anos para integrar, agora vamos passar dois, três anos sem comprar redes", afirmou ela.


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