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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 07-04-2015 - 09:55 -   Notícia original Link para notícia
Nas vendas virtuais, Brasil e Argentina dão marcha a ré e México se sai bem

Por Tatiane Bortolozi | De São Paulo


O Brasil caiu 14 posições entre os países com maior potencial para crescer no varejo on-line e ocupa a 21ª em um ranking que considera 30 países elaborado pela consultoria americana A.T. Kearney. A Argentina andou 18 posições para trás, ficando em 29º. Na América Latina quem se sai melhor é o México, na 17ª posição.


A falta de investimento em infraestrutura logística é um dos principais motivos para a queda do Brasil. Problemas estruturais, como impostos altos e burocracia, também dificultam a expansão das vendas pela internet no país.



A consultoria avaliou nove diferentes variáveis, separadas em quatro pilares macroeconômicos: a dimensão do mercado on-line, o nível de adoção de novas tecnologias, o comportamento do consumidor e o potencial de crescimento. O Índice de Comércio Eletrônico de Varejo Global traz os 30 países mais atrativos em termos de retorno sobre o investimento (ROI) a curto prazo no varejo on-line, pontuados em uma escala de 0 a 100.


No ranking de 2015, os Estados Unidos recuperam a liderança perdida para a China. Enquanto a economia americana continua a melhorar e a confiança do consumidor está em alta, o comércio eletrônico no país asiático cresce em ritmo um pouco mais fraco e surgem dúvidas sobre o cenário de longo prazo, principalmente em relação a investimento em infraestrutura e aos gastos do consumidor.


Os países desenvolvidos dominam as primeiras posições do índice. Na Europa, Reino Unido, Alemanha e França subiram uma colocação e ficaram entre os seis primeiros. A Bélgica surpreendeu ao avançar 15 colocações.


O México estreou como o mais bem posicionado da América Latina, na 17ª colocação. "A piora econômica na América Latina abriu espaço para que países europeus ganhassem espaço. Não quer dizer que o mercado brasileiro não seja mais atrativo, mas que há um grande impacto trazido pelo melhor cenário nos outros países", diz Patrícia Seki, diretora e sócia da A.T. Kearney no Brasil.


Com aumento de cerca de 20% ao ano, o comércio eletrônico no Brasil permanece relevante e deve continuar crescendo. "A população é muito conectada e está ganhando confiança no varejo on-line. Além disso, em tempos de crise, o consumidor gosta de comparar preços, e a internet possibilita isso de forma rápida", afirma Patrícia. Mais da metade da população brasileira têm acesso à internet e são populares os celulares e a internet de banda larga.


As empresas diversificam as possibilidades de pagamento, com o boleto bancário, por exemplo, e investem para melhorar a eficiência da entrega. A carioca B2W, maior varejista on-line do país, adquiriu no ano passado a empresa de logística Direct Express, por R$ 127 milhões. O Walmart também investe em distribuição para capturar uma fatia maior do mercado de varejo no Brasil. Em 2014, a americana reformulou o site brasileiro.


As vendas no comércio eletrônico cresceram 20% no mundo em 2014, para US$ 839,8 bilhões, segundo estimativa da consultoria Euromonitor. Os produtos mais procurados são eletrônicos, eletrodomésticos, artigos de decoração e moda e vestuário. Para este ano, a projeção é de alta de 18%, para US$ 994,5 bilhões.


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