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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 01-04-2015 - 10:37 -   Notícia original Link para notícia
Grupo Zaffari compra estádio do Guarani em leilão, mas clube recorre

Grupo Zaffari compra estádio do Guarani em leilão, mas clube recorre



A Maxion Empreendimentos Imobiliários, que pertence ao grupo supermercadista gaúcho Zaffari, arrematou por R$ 105 milhões o estádio Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani Futebol Clube, em Campinas (SP), em leilão realizado na segunda-feira durante audiência pública no Fórum Trabalhista da cidade. A posse do imóvel, entretanto, só será transferida à empresa após o julgamento de recursos contra a operação. Segundo a Folhapress, os advogados do clube já solicitaram o embargo do leilão.


Em nota, o Zaffari informou que só dará mais detalhes sobre o uso do terreno depois do registro da carta de arrematação. "Por ora, todas as atividades previstas para o local permanecem inalteradas, estando o Guarani Futebol Clube no pleno uso do complexo arrematado. Após concluídas as naturais etapas decorrentes do leilão, serão iniciadas as tratativas de transição", declarou a companhia.


O grupo é a quinta maior rede de supermercados do país, com 30 lojas, mas concentra os negócios no Rio Grande do Sul e só tem uma operação fora do Estado de origem, na cidade de São Paulo, onde tem um shopping Bourbon com hipermercado. Conforme o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT15), "a empresa sinaliza para um projeto multidisciplinar e sociocultural, que contempla a recuperação do Guarani".


O estádio Brinco de Ouro da Princesa ocupa uma área de 80 mil m2 no Jardim Proença, um bairro nobre próximo ao centro de Campinas. Segundo o Tribunal, o leilão faz parte de um processo que reúne mais de 300 ações trabalhistas contra o Guarani, no valor aproximado de R$ 70 milhões.


O lance do Zaffari prevê o pagamento à vista de 30% do valor ofertado e o restante em 12 parcelas mensais de R$ 6,125 milhões. O Tribunal já havia tentado leiloar o estádio no dia 18 deste mês, mas as ofertas das empresas MMG Consultoria, Lance Negócios Imobiliários e Barbizan Gold Business e Florença, que variavam de R$ 57,1 milhões a R$ 75 milhões, foram rejeitadas pela Justiça do Trabalho.


De acordo com o TRT15, o secretário municipal de Assuntos Jurídicos de Campinas, Mário Orlando de Carvalho, disse que os projetos que forem apresentados para uso da área seguirão os trâmites legais e não há "possibilidade de nenhum comprometimento prévio com qualquer aprovação ou qualquer processo de mudança de zoneamento".


A prefeitura de Campinas está em processo de revisão do Plano Diretor e da lei de uso e ocupação do solo.


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