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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 31-03-2015 - 10:16 -   Notícia original Link para notícia
Ritmo de vendas cai, mas Centauro pode faturar R$ 3 bi

Por Cibelle Bouças | De São PauloBomfim, do grupo SBF: cenário mais difícil e base de comparação alta


O grupo SBF, dono das lojas Centauro, By Tennis e Nike Store, espera um ritmo de crescimento um pouco mais lento neste ano em função das perspectivas para o cenário macroeconômico de inflação mais alta, aumento na taxa de desemprego e redução da renda real das famílias no país. Em 2014, a receita da companhia subiu 17%, para R$ 2,6 bilhões. Para o ano de 2015, a previsão é atingir um aumento de 11,5%, para R$ 2,9 bilhões. No comércio eletrônico, a previsão da empresa é alcançar R$ 500 milhões em vendas neste ano, aumento de 32% em relação a 2014, quando as vendas pela internet somaram R$ 380 milhões.


O grupo não divulga outras informações sobre o seu resultado financeiro. Sebastião Bomfim Filho, presidente do SBF, informou apenas que a companhia tem apresentado resultados positivos de lucro líquido e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). O último balanço publicado pela companhia refere-se ao ano de 2012 e, naquele ano, a empresa registrou lucro de R$ 33,1 milhões e receita líquida de R$ 1,5 bilhão.


Bomfim disse que, além do cenário macroeconômico mais difícil neste ano, o setor de artigos esportivos também terá como base de comparação o desempenho mais forte de 2014, quando houve Copa do Mundo. "No ano passado, após a derrota do Brasil para a Alemanha, o varejo esportivo sentiu uma certa redução no ritmo de vendas, mas ainda assim o setor apresentou um desempenho fora da média", afirmou. Segundo estimativa do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), o setor de moda esportiva movimentou R$ 15,11 bilhões no ano passado, com crescimento de 6,8%. Para 2015, o IEMI projeta para o setor uma expansão em torno de 2,5%.


O empresário disse que as vendas no primeiro bimestre deste ano em "mesmas lojas" (unidades abertas há mais de 12 meses) aumentaram 7,5% sobre igual período de 2014. "Foi um crescimento forte sobre uma base alta. Se a companhia seguir nesse ritmo pode chegar a R$ 3 bilhões de receita no fim do ano", afirmou Bomfim.


Para manter esse ritmo de expansão no ano, o grupo SBF vai colocar no ar, a partir de quarta-feira, uma campanha na mídia para fortalecer a marca da rede Centauro no país. O investimento em mídia para o ano é de R$ 90 milhões. O executivo não informou qual o investimento feito no ano passado, mas disse que o valor aplicado neste ano é menor porque a Centauro patrocinou algumas seleções da África no período da Copa do Mundo da Fifa.


Além da campanha de marketing, a companhia começou a fazer mudanças na sua estrutura para integrar os estoques e serviços das lojas com o seu comércio eletrônico. A companhia pretende, até 2016, instalar quiosques com computadores para clientes em todas as lojas físicas. Dessa forma, o produto que não for encontrado na loja poderá ser adquirido no site da empresa. O projeto é apenas para a rede Centauro. A companhia também vai ampliar as opções de entrega, para que consumidores possam retirar produtos adquiridos pela internet nas lojas, além da entrega em domicílio.


Outra estratégia para impulsionar o crescimento será a abertura de lojas. Bomfim planeja abrir seis lojas da Centauro neste ano, mesmo número de lojas abertas em 2014. O grupo SBF encerrou o ano passado com 187 unidades da Centauro, 16 lojas By Tennis e 12 lojas da Nike.


O grupo informou ainda que planeja ampliar a oferta de produtos no segmento de vestuário esportivo. No ano passado, as vendas de roupas cresceram 19%, acima do crescimento de vendas de tênis e outros itens. Bomfim também disse que a empresa tem procurado substituir parte das linhas de produtos importados por produtos nacionais, como parte da estratégia para reduzir custos e melhorar a rentabilidade.


Questionado sobre a possibilidade de abertura de capital, Bomfim disse que esse é o objetivo de longo prazo da gestora de fundos de investimento GP Investimentos - que em 2012 comprou 30% de participação no grupo SBF por R$ 450 milhões. Mas, no momento, segundo ele, não há planos para fazer oferta pública inicial de ações.





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