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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 27-03-2015 - 10:24 -   Notícia original Link para notícia
'Virada' do Carrefour depende do Brasil

Por Adriana Mattos | De ParisSivignon, do Carrefour: Brasil tem grande peso na recuperação do grupo


A base de crescimento do Carrefour no mundo nos próximos anos está ancorada no projeto de operar em diferentes formatos de lojas em diferentes regiões ao mesmo tempo - gerando um equilíbrio maior para o negócio. Se um vai mal, o outro compensa a queda. Mas o foco central desse plano tem um desafio: passa pela expansão dos modelos no Brasil - segundo maior mercado do Carrefour no mundo -, um país que ainda "engatinha" em termos de desenvolvimento de alguns novos negócios.


O Carrefour no Brasil cresce acima do mercado (cerca de 11% em 2014, com receita bruta de R$ 37,9 bilhões), porém está em fase inicial de desenvolvimento do formato de lojas de proximidade do Carrefour Express e deve começar a voltar a operar o site no Brasil entre outubro e novembro. E a operação de pequenas lojas e da venda pela internet têm grande peso no projeto do grupo no mundo e no país, já mencionou o comando geral.


A informação da entrada em operação do site no fim do ano no país foi dada ontem pelo presidente do Carrefour no Brasil, Charles Desmartis, em entrevista


na sede do grupo, em Paris.


O plano de expansão do grupo para os próximos anos, já informado aos investidores - para a consolidação dos resultados mundiais, que melhoraram desde 2012 - passa, por exemplo, por recuperar o atraso na venda on-line em alguns países, expandir o modelo de conveniência, manter o controle de custos, melhorar o fluxo de caixa e avançar na renovação do modelo de hipermercados.


No Brasil, a venda on-line é um projeto que deve ser relançado neste ano, mas pode ate ser adiado se não estiver adequado a tempo. O Carrefour teve uma operação de comércio eletrônico no país entre 2010 e 2012. "Se não estivermos prontos, pode ficar para 2016", disse Desmartis.


Além disso, há no país apenas quatro lojas de conveniência, e o projeto é expandir esse modelo de forma acelerada, já disse o comando. Porém, o formato ainda tem peso mínimo nos resultados.


Desmartis disse ontem que a empresa ampliou investimentos no mercado brasileiro nos últimos anos para, por exemplo, reduzir "carências logísticas", aprimorar sistemas de tecnologia e melhorar a equipe interna de varejo. "Carências logísticas nos atrapalham um pouco ainda. Temos de 12 a 18 meses para que sistemas logísticos e de tecnologia atendam bem todos os formatos", disse o presidente.


"Temos hoje um roteiro claro [...] Sentimos no passado problemas que impediram crescimento mais acelerado, mas isso foi há muitos anos e trabalhamos para recuperar isso. A melhoria de resultados operacionais no país mostra que o que estamos fazendo está dando certo".


Com a expansão das vendas no país acima da média do mercado, a subsidiária puxa a expansão da América Latina, e parte das fichas desse processo de "virada" nos números globais - iniciada na atual gestão do CEO Georges Plassat - está em novos negócios e iniciativas em países como o Brasil.


"O Brasil tem uma participação muito importante no processo de recuperação do Carrefour e é fundamental no perfil de multicanalidade e multiformato que estamos desenvolvendo", disse Pierre-Jean Sivignon, diretor financeiro do grupo, em entrevista a jornalistas na manhã de ontem.


Sivignon atualmente divide o comando da empresa ao lado do secretário-geral, Jerome Bedier. O atual CEO, Plassat, está se recuperando de uma cirurgia, e deve voltar ao posto em abril.


Desmartis disse ontem que pode implantar no país o modelo de compra de produtos na internet e retirada em loja (ou retirada em pontos de entrega específicos). Na França, o formato é chamado de Carrefour Drive. Ele não especificou prazo para isso.


A repórter viajou a convite do Carrefour


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