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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 21-03-2015 - 12:35 -   Notícia original Link para notícia
Ibovespa sobe com ambiente tranqüilo

São Paulo - A busca por ativos de maior risco no exterior, favorecida pelo avanço das negociações entre a Grécia e a Europa, fez a Bovespa ter fortes ganhos ontem. As blue chipsVale e Petrobras figuraram entre os destaques de alta, em um dia de maior calmaria no âmbito político brasileiro. O Ibovespa fechou com valorização de 1,99%, aos 51.966,58 pontos, e terminou a semana com ganhos de 6,94%. Foi a melhor semana para a bolsa em quatro meses, desde a encerrada em 21 de novembro.

Na mínima da sessão, a Bovespa marcou 50.964 pontos ( 0,02%) e, na máxima, 52.286 pontos ( 2,61%). O giro financeiro foi de R$ 8,536 bilhões. No ano, até agora, a bolsa brasileira acumula ganhos de 3,92%. E, em março, pela primeira vez, passou a acumular alta, de 0,74%.

A bolsa paulista já iniciou o dia com elevação, ecoando o clima melhor no exterior em função da Grécia. Ontem, o país pagou uma parcela de 340 milhões de euros de um empréstimo com o FMI e o primeiro-ministro Alexis Tsipras afirmou que a "Grécia sai mais otimista do encontro" com líderes europeus, realizado ontem.

O mercado reconhece que a Alemanha ainda é um obstáculo, em especial a chanceler Angela Merkel, que aguarda uma lista de reformas da Grécia para a próxima semana, mas já se mostrou aberta à possibilidade de desembolsos antecipados para Atenas. Com a parcela de 340 milhões de euros, a Grécia já saldou quase 1 bilhão de euros do total de 1,5 bilhão de euros que tem a pagar ao FMI neste mês.

Para analistas do setor financeiro, o clima melhor lá fora, com alta das bolsas europeias, norte-americanas e também do petróleo, e o cenário político doméstico mais tranqüilo favoreceram a nova sessão de ganhos na Bovespa.

Um dos fatores para renovação de ordens de compras foi o discurso feito pela presidente Dilma Rousseff no Rio Grande do Sul. Dilma fez uma defesa veemente do ajuste fiscal e, entre outras coisas, afirmou que o governo fará um contingenciamento "expressivo" no Orçamento tão logo o projeto de lei orçamentária seja sancionado.

Afirmou ainda que o ajuste é feito para garantir a continuidade do consumo e do crescimento e, por isso, "fazemos questão que seja aprovado". Ela ainda declarou que a meta de superávit primário de 1,2% do PIB em 2015 só será cumprida com as medidas que foram encaminhadas ao Congresso Nacional e o contingenciamento que o Executivo pretende fazer o mais rápido possível".

O mercado gostou do que ouviu e, no fim da tarde, até ampliou a busca por ações da Vale e da Petrobras, que terminaram nas cotações máximas do dia. Vale ON subiu 5,74%, aos R$ 20,25, e Vale PNA teve ganho de 4,70%, aos R$ 17,38, enquanto Petrobras ON avançou 5,41%, aos R$ 9,16, e Petrobras PN teve ganho de 5,06%, aos R$ 9,35. Os papéis da Estácio subiram 12,47%, favorecidos pela divulgação do balanço da empresa na noite de ontem. A empresa do setor educacional teve lucro líqüido de R$ 80,9 milhões no quarto trimestre de 2014, alta de 79,4% ante o mesmo período de 2013.

Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,94%, aos 18.127,65 pontos, o SãP 500 teve ganho de 0,90%, aos 2.108,06 pontos, e o Nasdaq subiu 0,68%, aos 5.026,42 pontos.


Dólar - O clima positivo no exterior, marcado pela busca por ativos de maior risco, abriu espaço para a queda firme do dólar ante o real no Brasil. Após uma manhã de volatilidade intensa, a moeda americana se firmou em baixa em sintonia com o cenário internacional. E após o dólar ter atingido, na quinta-feira, o maior nível em quase 12 anos no Brasil, também havia espaço para realização de lucros (venda de moeda). O dólar à vista de balcão cedeu 1,76%, aos R$ 3,2370. Em um total de 15 sessões em março, esta foi a quarta em que o dólar caiu ante o real. O dólar para abril - o mais líqüido e o que serve de referência para o câmbio brasileiro - cedia 1,69%, aos R$ 3,2485

A baixa firme do dólar no Brasil, somada à queda dos yields (retorno) dos Treasuries (títulos dos EUA) em Nova York e à nova defesa do ajuste fiscal pela presidente Dilma Rousseff, acabou definindo o recuo das taxas dos contratos futuros de juros em toda a curva a termo. O contrato de DI com vencimento em julho de 2015 projetava 13,080% no fim da sessão regular, de 13,120% no ajuste da quinta-feira; o DI para janeiro de 2016 apontava 13,69%, ante 13,77%; o DI para janeiro de 2017 marcava 13,55%, ante 13,65% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 13,10%, de 13,21%. (AE)


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