Leitura de notícia
Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 21-03-2015 - 11:55 -   Notícia original Link para notícia
Emprego na indústria recua 0,1%

Frente ao mesmo mês de 2014, retração registrada no número de vagas foi de 4,1% em janeiro



Principal fechamento de vagas ocorreu em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,3%)/Alisson J. Silva


Rio de Janeiro - A Pesquisa Industrial Mensal - Emprego e Salários (Pimes) de janeiro, divulgada na sexta-feira pelo IBGE, mostra uma redução de 0,1% no total de vagas formais no setor produtivo na comparação com o mês anterior. A queda vem após o pequeno acréscimo de 0,3% registrado em dezembro de 2014 frente a novembro, quando foi interrompida uma seqüência de oito meses de taxas negativas consecutivas nessa comparação.

Já frente ao mesmo mês de 2014, o emprego na indústria teve retração de 4,1% em janeiro. Este é o 40º resultado negativo seguido nesse tipo de comparação. Nos últimos 12 meses, o índice acumula recuo de 3,4%, mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1%).

Ainda na comparação com janeiro de 2014, o primeiro mês deste ano registrou queda em 17 dos 18 ramos pesquisados. Os principais fechamentos de vagas ocorreram em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,3%), meios de transporte (-7,7%), produtos de metal (-7,7%), outros produtos da indústria de transformação (-8,0%), máquinas e equipamentos (-4,5%), calçados e couro (-6,8%), alimentos e bebidas (-1,3%), vestuário (-3,9%), metalurgia básica (-6,3%) e papel e gráfica (-3,3%). O único impacto positivo foi no setor de produtos químicos (0,5%).

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 0,5% frente a dezembro, eliminando parte do avanço de 2,1% registrado no último mês de 2014. Mas, na comparação com janeiro de 2014, a queda foi bem mais significativa, de 4,2% e a oitava taxa negativa consecutiva. No acumulado nos últimos 12 meses o recuo é de 1,8%, pior resultado negativo desde fevereiro de 2010 (-2,3%), dando continuidade à queda iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).

O recuo na folha de pagamento real deveu-se a resultados negativos em 14 dos 18 ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-9,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,3%), produtos de metal (-10,8%), alimentos e bebidas (-2,2%), metalurgia básica (-4,8%), outros produtos da indústria de transformação (-7,2%), papel e gráfica (-3,8%), máquinas e equipamentos (-1,9%), borracha e plástico (-3,9%) e calçados e couro (-8,4%). Por outro lado, entre os três setores que apontaram resultados positivos no mês, o principal impacto foi assinalado por indústrias extrativas (6,7%).

Já o número de horas pagas, descontadas as influências sazonais, apontou variação positiva de 0,2% frente a dezembro, interrompendo oito meses seguidos de taxas negativas. O acumulado em 12 meses continua negativo, em 4,1%, trajetória de queda iniciada em setembro de 2013 (-1%). Frente a janeiro do ano passado, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou bem mais, 5,2%, 20ª taxa negativa seguida neste tipo de comparação. (AG)


Geração de vagas de emprego deve estagnar em Minas Gerais


A Pesquisa de Expectativa de Emprego do ManpowerGroup, que mede o nível de confiança das empresas em relação a contratações de trabalhadores, mostrou que o saldo de geração de empregos em Minas Gerais deve ficar estagnado no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro. O resultado foi pior do que a média nacional, com 3% dos empregadores acreditando que devem gerar mais postos de trabalho na mesma comparação.

O resultado do Estado, com expectativa líquida de geração de emprego de 0% para o segundo trimestre, é de 8 pontos percentuais menor do que o índice dos primeiros três meses de 2015 e 14 pontos percentuais inferior ao mesmo período do ano passado. Com isso, o indicador foi a previsão mais negativa desde o início da série histórica da pesquisa, que começou no último trimestre de 2009.

Para a diretora de Recursos Humanos do ManpowerGroup, Márcia Almstrom, o resultado indicando estabilidade em Minas Gerais "sinaliza que o mercado de trabalho não vai demandar contratações" nos próximos meses. Segundo ela, a pesquisa validou o momento crítico da economia e da política do Brasil.

Ainda de acordo com o levantamento, há uma previsão de aumento na força de trabalho em quatro dos oito setores da indústria, para o segundo trimestre de 2015. Entre eles, os empregadores do setor de agricultura, pesca e mineração demonstram sinais otimistas para quem procura emprego, com expectativa de 9%.


Análise - "Isso não quer dizer que estas empresas que têm expectativas positivas em relação a contratação estão em Minas ou na Grande Belo Horizonte, mas nos chama atenção porque a mineração não foi um setor que se destacou anteriormente", disse Márcia. Na comparação com o trimestre anterior, o segmento permaneceu estável em relação à expectativa de gerar empregos, assim como em relação ao segundo trimestre de 2014.

Para o segundo trimestre de 2015, a pesquisa apontou que os empregadores brasileiros relataram intenções modestas de contratações, com 18% deles prevendo aumento de contratações, 15% diminuição e 65% acham que não haverá mudança. Dessa forma, a expectativa líquida de emprego fechou o período em 3%.

Porém, com o ajuste dos dados em função de variações sazonais, as expectativas ficaram negativas em 1%. Esta previsão é a mais baixa - e a primeira negativa - desde o início da pesquisa no quarto trimestre de 2009. As projeções de contratações apresentaram um declínio de 9 pontos percentuais quando comparado ao trimestre anterior, tendo ainda diminuído em 15 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2014.

"Este resultado traduz a realidade do país. A contratação de mão de obra está diretamente ligada ao reaquecimento da economia e no momento não há expectativas disso acontecer", afirmou a diretora do ManpowerGroup.

O ManpowerGroup é um dos lideres mundias em soluções para recursos humanos. Com mais de 60 anos de experiência, o grupo está avaliado em US$ 22 bilhões e mantém uma rede com aproximadamente 3,5 mil escritórios, em 80 países e territórios, o que possibilita o atendimento de 400 mil clientes por ano, em todos os setores do mercado, pequenas e médias empresas locais, multinacionais e empresas globais.


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.