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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 20-03-2015 - 12:21 -   Notícia original Link para notícia
Índice de confiança dos empresários é o menor desde 2005

A desaceleração da economia fez com que o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) atingisse neste mês seu menor patamar desde o início da série histórica, em abril de 2005. O resultado do Estado acompanhou a tendência nacional, que caiu para 37,5 pontos em março, também o menor desde o começo da pesquisa, em janeiro de 1999, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em Minas, a taxa chegou a 33,4 pontos, representando queda de 2,1 pontos na comparação com fevereiro (35,5 pontos) e 12,6 pontos em relação a igual período do ano passado (50,1 pontos).

De acordo com a economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Annelise Rodrigues Fonseca, o resultado mostra que a falta de confiança do empresário industrial mineiro continua persistente. Ela destaca que a insatisfação no Estado é maior que a média nacional desde setembro de 2011.

"O índice já vinha numa tendência de queda há algum tempo, uma vez que há 11 meses ele tem ficado abaixo da linha dos 50 pontos, que representa pessimismo. Além disso, o fato de ser o menor resultado desde o início da série histórica indica que as perspectivas não são as melhores, porque esse pessimismo diminui qualquer previsão de recuperação do setor. Se não tem confiança, não há investimento, o que dificulta a retomada das atividades", explica.

Conforme o porte das empresas, em Minas Gerais foi identificado que todas apresentaram desconfiança, sendo as pequenas as mais pessimista, uma vez que o índice, neste caso, chegou a 28,3 pontos neste mês. Já as médias e as grandes apresentaram 32,4 e 36,4 pontos, respectivamente.

A pesquisa mostrou ainda que os industriais estão insatisfeitos com as condições atuais dos negócios, uma vez que a taxa foi de 26,3 pontos. A maior insatisfação ficou com as condições de negócios da economia brasileira (16 pontos), seguidas das estaduais (19,1 pontos) e das condições na própria empresa (30,7 pontos).

As expectativas para os próximos seis meses também foram pessimistas (37 pontos) conforme o Icei-MG, bem como na economia brasileira, na estadual e na própria empresa (25,1, 28,9 e 41,9 pontos, respectivamente). "O resultado negativo em todos os indicadores pesquisados é confirmado pelas incertezas quanto ao atual cenário político e econômico, com a conseqüente falta de confiança do empresariado", destaca Annelise Fonseca.

A Sondagem Industrial de Minas Gerais, divulgada também ontem pela Fiemg, mostrou que a atividade continuou em baixa no segundo mês de 2015. A economista destaca que, em fevereiro, a maioria dos índices ficou abaixo da linha dos 50 pontos - na escala de zero a 100, na qual valores inferiores a 50 representam evolução negativa - menos os relacionados ao estoque, o que ainda assim não é um bom sinal.

A produção ficou em 36,6 pontos, retraindo, inclusive em relação a janeiro. O nível de capacidade instalada (34,5 pontos) continuou abaixo do usual, enquanto o emprego (44 pontos) registrou aumento de um ponto frente ao mês anterior. A dificuldade para ajustar estoques por parte das empresas continua, já que o nível de estoques de produtos finais apresentou relativa estabilidade (50,7 pontos) e ainda encerrou o mês acima do planejado (51,8 pontos).

Desta maneira, a economista da entidade ressalta que para os próximos seis meses as expectativas apresentaram piora em todos os indicadores quando comparados com os de janeiro. Houve redução na demanda (de 44,1 para 41,8 pontos), nas exportações (de 48 para 45,8 pontos) e nos investimentos (de 40,8 para 39,4 pontos) levou à perspectiva de queda nas contratações (de 41,9 para 41,8 pontos) e na compra de matéria-prima (de 42,9 para 40,1 pontos).


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