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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 18-03-2015 - 10:20 -   Notícia original Link para notícia
Obras do Mobicentro preocupam lojistas

Comerciantes temem prejuízos com a implantação de projeto de mobilidade urbana no hipercentro da Capital


Tatiana Lagôa      



 O hipercentro de Belo Horizonte tem 21.141 lojas/Alisson J. Silva


Depois dos prejuízos causados com a implantação do Bus Rapid Transit (BRT), obra que levou vários estabelecimentos comerciais a fecharem as portas, os lojistas do hipercentro agora temem os transtornos das obras do Mobicentro. O projeto, que visa melhorar a circulação de veículos e pedestres, será acompanhado por uma comissão da de Belo Horizonte (-BH).

Ontem pela manhã foi realizada a primeira reunião, com a presença de representantes da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), moradores, lojistas e policiais. O objetivo era conhecer melhor o projeto para avaliar os possíveis danos e negociar formas de amenizá-los.

O projeto visa a melhoria da mobilidade urbana, com foco nos pedestres. As obras estão orçadas em R$ 50 milhões e já alteraram o fluxo na avenida Carandaí, na área hospitalar, e na praça Afonso Arinos. Até 2016, a ideia é concluir o eixo Boulevard Arrudas, o eixo Afonso Pena, o eixo Amazonas, o eixo BRT Central e o eixo Hospitais.

A reunião com os lojistas do hipercentro foi realizada agora porque está sendo iniciada essa etapa. A avenida Afonso Pena já está recebendo intervenções entre os cruzamentos da rua Tupis, Espírito Santo e praça Sete. Em seguida, as obras seguirão no cruzamento das ruas Tupinambás e São Paulo.

"Todos os lojistas estão muito apreensivos porque já teve sofrimento grande com o BRT. Por isso queríamos saber antes o que exatamente ia ser feito. Sempre que há obras o comércio sente impactos", observa o coordenador do Conselho Hipercentro, Jonísio Lustosa.



Análise detalhada - Depois da exposição do projeto por parte da BHTrans, o próximo passo dos lojistas será uma análise detalhada de quais os possíveis impactos nas vendas da região. A estimativa é que o hipercentro tenha 21.141 lojas mas não se sabe ainda quantas estão na rota das obras.

A ideia do conselho é criar um grupo de acompanhamento das obras para que os problemas sejam resolvidos na medida em que forem surgindo. "Nós queremos fazer obra porque é necessário para o desenvolvimento da cidade mas não podemos ter prejuízos com isso. A BHTrans se colocou à disposição para corrigir possíveis problemas", afirma.

O vice-presidente da -BH, Marcos Innecco, possui loja no hipercentro e teme que seja um dos afetados com as obras. "A BHTrans fez um estudo prévio para minimizar os impactos para o comércio. Mas tudo foi feito em um modelo computacional que é uma inteligência cartesiana e não considera o comportamento do consumidor. Esse é o nosso receio", alerta.

Um dos temores dos lojistas da região é que o acesso seja dificultado, fazendo com que os consumidores busquem outros centros de compras. Foi o que aconteceu na fase de implantação do BRT que provocou o fechamento de vários estabelecimentos. Em um primeiro momento, os lojistas sofrem com as obras que afastam os clientes. Em seguida, quando as intervenções terminam, os aluguéis passam por uma valorização repentina em uma época em que os empresários estão descapitalizadas. Foi o que ocorreu também na Savassi.

Innecco lembra que as intervenções ainda acontecem em um momento econômico conturbado em que as vendas já são menores independentemente das obras. Nesse contexto, as intervenções poderão agravar a situação.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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