A inflação em alta e os aumentos da taxa básica de juros - a Selic está em 12,75% ao ano - refletiram no aumento da inadimplência do consumidor da capital mineira. Em fevereiro o número de dívidas em atraso chegou a 2,19. Em janeiro foi de 2,17. O dado foi divulgado nesta terça-feira pela Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas da capital (CDLCDL-BH). "Com juros mais altos o consumidor tem menos condições de quitar os débitos. E a inflação em alta diminui a renda disponível para que ele possa cumprir seus compromissos e quitar as dívidas em dia", reforçou Ana Paula Bastos, economista da entidade.

Em fevereiro de 2014 o consumidor inadimplente tinha em média 2,22 dívidas em atraso. "Com a atividade econômica desacelerada é normal a queda no número de dívidas em atraso", disse Ana Paula. Já o número de dívidas em atraso junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da CDLCDL/BH apresentou, na comparação com o mês imediatamente anterior, queda de 0,2% em fevereiro.

Em fevereiro de 2015, a maioria das dívidas no SPC da CDLCDL/BH (11,2%) ocorreu na faixa etária acima de 50 anos, com maior concentração no intervalo de 50 a 64 anos. Quanto ao tempo de atraso de dívida, o intervalo que apresentou a maior concentração foi o de 181 a 360 dias (4,15%).