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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 11-03-2015 - 10:21 -   Notícia original Link para notícia
Venda de automóveis importados cai 32,5%

São Paulo - A venda de automóveis e comerciais leves importados novos caiu 32,5% em fevereiro ante igual mês do ano passado, informou ontem a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa). No segundo mês do ano, as 28 marcas associadas à Abeifa emplacaram 5.764 unidades, quantidade 22,9% menor do que os licenciamentos de janeiro. Com o resultado, as vendas de importados acumulam queda de 27,1% no primeiro bimestre de 2015 frente a igual período de 2014.

Diante do desempenho ruim, a participação dos importados no mercado automotivo brasileiro ficou em 3,22% em fevereiro deste ano, menor do que os 3,47% em fevereiro de 2014, mas ainda assim um pouco maior que a participação de 3,07% registrada em janeiro Com isso, a participação de importados caiu para 3,13% no primeiro bimestre, ante 3,33% em igual período do ano passado.


Dólar - O presidente da Abeifa, Marcel Visconde, avaliou que a queda foi conseqüência principalmente do "baixíssimo" índice de confiança do consumidor brasileiro e do "overshooting" do dólar nos últimos 60 dias. Ele citou também o menor número de dias úteis em fevereiro, por conta do Carnaval, como um dos fatores negativos.

Em entrevista coletiva para comentar os resultados de fevereiro, o executivo destacou que o nível de confiança do consumidor chegou ao menor nível desde 2001, frente à falta de perspectivas positivas para a economia. "Não existem indicadores que vislumbrem otimismo", disse. Ele ressaltou ainda que a alta do dólar, que subiu quase 20% nas últimas três semanas, também "sangra" para o importador brasileiro. "Como hoje o mercado não absorve esse aumento, ficamos em situação incômoda", afirmou.

O presidente da Abeifa comentou que o repasse da moeda norte-americana para o preço foi "muito pequeno" até agora, mas reconheceu que ele se tornará inevitável quando os estoques atuais se reduzirem. De acordo com o executivo, está difícil saber qual será a cotação do dólar nos próximos meses. Ele arriscou, porém, que a tendência é de alta. Sob o argumento que não há sinais de melhora da conjuntura econômica, Visconde reconhece que as demissões "não estão longe do radar" das concessionárias de importados no Brasil, "nem a redução de estrutura". O executivo ponderou, contudo, que a intensidade desse movimento vai variar por associado.

A previsão da entidade é que os emplacamentos de automóveis e comerciais leves importados novos deverão totalizar 84.300 unidades em 2015, queda 10% na comparação com as 93.683 licenciadas no ano passado. Desta forma, os importados deverão manter o nível de participação no mercado brasileiro "em torno de 3%", contra 2,9% em 2014. (AE)


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