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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 04-03-2015 - 09:25 -   Notícia original Link para notícia
Fantasmas assombram investidor em 2015

São Paulo - Desemprego, inflação, inadimplência e recessão. O cidadão comum deve redobrar o cuidado neste ano para não descontrolar as contas, descapitalizar-se ou ficar com o nome sujo na praça.

Quem teme ficar desempregado, por exemplo, deve montar uma reserva de emergência que dê para manter os principais gastos por pelo menos seis meses. Esse é o tempo que uma pessoa levava para se recolocar no mercado de trabalho em 2014, segundo pesquisa da Catho.

Diante da perspectiva de piora no emprego, a pessoa deve estender esse "colchão" para mais tempo, inclusive para não ser obrigada a aceitar a primeira proposta de trabalho que aparecer. "Diria que é melhor ter recursos entre oito a dez meses por causa da estagnação da economia", afirma Aquiles Mosca, do Santander.

Thiago Alvarez, do site de finanças pessoais GuiaBolso, sugere que esse dinheiro fique em uma aplicação de baixo risco e que permita o resgate sempre que for preciso.

Em especial ele recomenda aplicações seguem os juros pós-fixados ou mesmo a Selic (taxa básica de juros). "Pode ser um CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), desde que tenham prazo de resgate próximo", disse.

O investidor também pode deixar o dinheiro na poupança, mas, como ela está perdendo para a inflação, isso significa abrir mão do poder de compra - o segundo fantasma que ronda a economia.


Sem desperdício - Diante do aumento de preços acima do salário e da poupança, o jeito é cortar excessos e desperdícios. " a velha receita de anotar tudo o que se gasta e saber para onde está indo o dinheiro. Deve-se avaliar, por exemplo, se vale a pena ter um automóvel ou usar transporte público", disse Amerson Magalhães, diretor da Easynvest.

Para quem deixa o dinheiro na poupança, chegou a hora de rever a escolha. "Só vale a pena se for deixar o dinheiro por pouco tempo, quando se paga a maior taxa de IR (em outras aplicações). Ou se o valor for muito baixo para conseguir aplicar em outro investimento, com custo menor", disse o planejador financeiro Valter Police.


Endividamento precisa ser evitado


São Paulo - Quem está endividado corre o sério risco de descontrolar as contas em 2015. Se a pessoa tem algum investimento, a recomendação da maioria dos especialistas é sacar para quitar o débito. Isso porque a taxa de juros da melhor aplicação dificilmente supera a paga em uma dívida. o que fez a auxiliar administrativa Gabriela Ribeiro de Castro Setti.

No rotativo de dois cartões de crédito, ela acabou entrando também no cheque especial. "Aí um banco me ligou para negociar o cartão e ofereceu um empréstimo. Peguei o empréstimo, juntei com o 13º salário e quitei as dívidas. Mas precisei tirar dinheiro da poupança."

A decisão de Gabriela foi acertada, na avaliação de Aquiles Mosca, do Santander. "As pessoas geralmente têm dificuldade em mexer no dinheiro aplicado. preferível resgatar os investimentos, pagar a dívida e voltar a fazer o esforço de guardar quando a situação se regularizar."

Na avaliação de Thiago Alvarez, sócio do site GuiaBolso, se for por um período curto, não vale a pena cobrir o rombo na conta-corrente com algum investimento. "Quando você faz uso do cheque especial por pouquíssimo tempo, de um a cinco dias, e sabe que é algo que não vai se repetir, não compensa retirar a aplicação. Uma vez que resgatou fica mais difícil recomeçar a poupar. E os juros de um ou dois dias são suportáveis."

Outra ressalva é feita se a dívida for de longo prazo, como de imóvel ou do carro. "Pegar o investimento para quitar o débito pode não ser uma boa ideia se comprometer a reserva de segurança."


Renegociar - Quem não tem de onde tirar dinheiro tem que apelar para a renegociação da dívida, caso as parcelas estejam pesando no bolso, afirma Amerson Magalhães, diretor da Easynvest. "Tem que reduzir o tamanho da dívida, renegociando o empréstimo. Isso vale para quem não tem fonte de renda e está endividado", disse.

A dica vale principalmente para quem tem dívida no cheque especial e no rotativo do cartão de crédito, modalidades de crédito com as maiores taxas de juros no mercado. "Negocie para trocar por um empréstimo pessoal ou um consignado, que têm juros mais atrativos", afirma.


Empreendedor deve cortar custos


São Paulo - O ano não é favorável para abrir um negócio próprio. Quem insistir deve ter pelo menos seis meses de dinheiro para sustentar a empresa na fase inicial.

Aqueles que já estiverem nesse caminho devem fazer de tudo para não perder clientes e ameaçar o negócio. A dica é cortar ao máximo os custos, sem mexer na qualidade, para poder reduzir preços se tiver que disputar clientes.

Para Carlos Wizard Martins, da rede Mundo Verde, o empreendedor não precisa desistir do sonho de abrir sua empresa. "Uma dica é, em vez de começar do zero, optar por uma franquia. Dá para ter uma noção da aceitação no mercado e economizar com o marketing."


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