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Estado de Minas Online ( Gerais ) - MG - Brasil - 22-02-2015 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Sem data para acabar

Blocos voltam a se concentrar na Praça da Estação e em outros pontos de Belo Horizonte, movimentando a cidade mesmo após o fim do carnaval. Animação não faltou aos foliões


Francelle Marzano e Jefferson da Fonseca Coutinho



Integrantes de blocos descem escadarias da Rua Sapucaí para o encontro de foliões na Praça da EstaçãoTem muito folião na cidade esticando o carnaval. Ontem, a tarde começou animada no Bairro Prado, na Região Oeste de BH, onde pelo menos cinco mil pessoas se reuniram para a festa do Bloco Aloprado e músicos convidados. A expectativa dos organizadores e dos vendedores ambulantes, que tomaram pelo menos três quarteirões da Avenida Francisco Sá, era de 20 mil pessoas até as 22h. No repertório da bateria, samba, axé e marchinhas de outrora.

O presidente do Aloprado, Ricardo Scheid, também comemorava mais um ano de sucesso. Fundado há cinco anos, o coletivo sempre se concentra no sábado pós carnaval na Avenida Francisco Sá. Por segurança, Scheid conta que pelo terceiro ano consecutivo o bloco não desfilou. "Preferimos tocar parados para não ter problemas por conta do número de foliões que nos acompanha", completou. Em 2013, o bloco reuniu 20 mil pessoas na avenida e no ano passado, cerca de 8 mil pessoas compareceram debaixo de chuva.

Pelas ruas e avenidas do Bairro Floresta, na Região Leste, vários blocos se movimentaram rumo à Praça da Estação. Júlia Pinheiro, de 21 anos, queria que a alegria do carnaval fosse eterna. A estudante, seguidora fiel do Bloco Pena de Pavão de Krishna, elogia a ação do coletivo nos últimos anos, "carnavalizando Belo Horizonte". "Eles, cada ano em uma região, têm uma proposta de meditação, uma filosofia de bem estar, de união, de compartilhar, que leva paz e amor para todos".

"É belô, afoxé, todo mundo andando a pé". O refrão que embalou o bloco do afoxé no domingo de carnaval continuou arrastando gente no início da tarde de ontem. Com rostos pintados de azul, turbantes e vestidos de baianas, mais de 300 pessoas se concentraram na Avenida Assis Chateaubriand, para acompanhar também o Pisa na Fulô até a Praça da Estação, onde se encontraram com outros blocos para encerrar o carnaval belo-horizontino.

Com o rosto pintado e a barba enfeitada com flores, Bruno Ribeiro era um dos foliões que embalava o hino e acompanhava os blocos, além de lamentar o fim do carnaval ao mesmo tempo. "O problema é durar tão pouco, só quatro dias. Por sorte, ainda ganhamos mais um dia aqui, mas por mim, a folia durava o ano inteiro", disse ainda comemorando o renascimento dos blocos de rua na capital. Para ele, a expectativa é de um carnaval ainda melhor no próximo ano.

ENTROSAMENTO Neiler Oliveira, que também continuava em ritmo momesco, com o rosto pintado e acompanhando os blocos na Praça da Estação, se diz orgulhoso por ver uma folia tão bonita em Belo Horizonte. Ele contou que passa o carnaval na cidade desde 2010 e nunca imaginou ver tantos espaços públicos ocupados pelos blocos. "Estamos mostrando a nossa diversidade para o mundo. Tivemos muitos blocos, desde os que cantam rock até axé, afoxé, samba e forró. Podemos agradar todo mundo e espero ver um carnaval ainda melhor e mais bonito no ano que vem. Mantendo essa diversidade e a cultura de rua", finalizou.

Na Praça da Estação, bonito de se ver o entrosamento de grande parte dos blocos independentes, de rua, que fizeram história na última semana. Todos os estandartes reunidos, ao vento e ao sol, se destacaram na paisagem, emocionando muita gente. Lauro Ataíde, de 34, veio do Bairro Planalto, na Região Norte, para "esticar a beleza do carnaval de BH". O vendedor, a mulher, Paula, e a cunhada, Lúcia, se dizem encantados pela energia deste fevereiro. "Quem acompanhou o carnaval deste ano não vai querer mais deixar a cidade", afirma Lauro, ensopado pelo carro-pipa. "Isso tudo é muito lindo! Lindo! Muito lindo mesmo", emenda Paula.



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