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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 08-02-2015 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Uma Lambança que faz sucesso

Amigos criam marca para rede social e a veem saltar do mundo virtual para se tornar mania entre jovens e virar negócio lucrativo


Francelle Marzano


Alan Oliveira, André Brito e Vinícius Mendes Faria integram a turma de amigos-sócios que comandam a emprea que surgiu de uma diversão

Era para ser apenas uma brincadeira entre amigos. No entanto, a moda pegou, não sai mais da cabeça dos foliões que se espalham pelo Brasil e acabou virando negócio lucrativo para 13 jovens belo-horizontinos. São bonés, camisetas, taças, chinelos e óculos coloridos que estão sendo vendidos e vêm conquistando o público nas mais variadas festas. Depois de criar um selo da turma dos "lambança" na rede social Instagram com a hashtag #LBÇA, para identificar com mais facilidade as fotos da turma em 2013, a marca virou moda que agrada aos jovens e até aos cantores sertanejos famosos como Jorge, da dupla Jorge e Matheus, e Gustavo Lima. Após um ano de brincadeira, os amigos viram o potencial do negócio e cinco pessoas da turma investiram R$ 25 mil para fazer os primeiros produtos (200 bonés, 200 óculos e chinelos), que se esgotaram rapidamente, sendo distribuídos pela própria turma nas diversas viagens que faziam.


"A gente não tinha ideia da proporção que a #LBÇA tinha tomado até o dia em que  fui com um amigo para um festa em Escarpas do Lago. Lá, me deparei com pelo menos umas 30 pessoas que eu não tinha ideia de quem eram usando o boné com o selo da Lambança. Foi a partir daí que tivemos a ideia de profissionalizar o negócio", afirma um dos sócios da marca, Vinícius Mendes Faria, de 27 anos. Em agosto de 2014, os amigos montaram um plano de negócio, registraram a empresa e, dois meses depois, abriram cotas de investimento de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 1 mil, onde conseguiram mais um capital de R$ 25 mil para financiar o negócio, por meio de oito sócios. Em um ano e meio, levando em conta quando a marca ainda era levada como brincadeira, o crescimento da empresa foi de 500%. E, em apenas três meses, o mix de produtos já triplicou com o lançamento de camisetas femininas e masculinas, taças personalizadas, tintas para colorir rostos e outras cores de bonés, assim como a quantidade em estoque.


As vendas são feitas pela loja on-line, no site www.lbcabrasil.com.br e também pelo WhatsApp para todo o Brasil. Os bonés custam R$ 80, as camisetas R$ 90 e os óculos coloridos, R$ 30. De acordo com um dos sócios da marca, André Brito, a maioria dos produtos é vendida para Fortaleza, no Ceará, Florianópolis, em Santa Catarina, Roraima, Belo Horizonte, Piumhi, no Centro-Oeste de Minas e Capitólio, no Sul do estado. O dinheiro arrecadado em vendas é reinvestido na compra de produtos. "Nenhum dos sócios fez retirada de capital por enquanto. A ideia é que no meio do ano a gente comece a dividir o lucro, levando 50% para a aquisição de mais produtos e os 50% divididos entre os sócios de acordo com a participação", afirma André. Ele diz que a expectativa é que até o fim deste ano os 13 sócios da empresa já tenham recuperado o capital investido.


Para Alan Oliveira, outro sócio da marca, o momento agora é de análise de mercado para desenvolver novos potenciais produtos, com intuito de atrais novos públicos, levando a filosofia da #LBÇA (energia, amizade, alegria, curtição e galera) para todo o país, além de promover o nome da capital mineira. "Já estamos desenvolvendo uma linha kids, com bonés, camisas e óculos escuros, e uma linha premium com cooler e copos de acrílico. Todos eles levando a hashtag #LBÇA, além do nome de Belo Horizonte, que temos orgulho em promover", ressalta. Outra expectativa para expandir o mercado da marca é fazer parcerias com lojas físicas em todas as capitais do país, facilitando a venda, eliminando o custo do Sedex, que fica a cargo do cliente, e geralmente não custa menos de R$ 30.


Os sócios acreditam que a marca estará presente na folia na maioria das cidades brasileiras, como Salvador, na Bahia, Recife, capital de Pernambuco, Fortaleza, no Ceará, Florianópolis, Ilha Bela, em São Paulo, Belo Horizonte, Ouro Preto, Diamantina, Abaeté, entre outras. E se a empresa continuar com o crescimento no mesmo ritmo, na escala de 500% em um ano e meio, sendo que 300% nos últimos três meses, pode haver contratação de mão de obra, além de os sócios passarem a se dedicar integralmente à empresa. Hoje, todos eles se dividem entre o trabalho fixo em outras empresas (engenheiros, administradores, publicitários) e as funções preestabelecidas para comandar a marca.


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