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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 29-01-2015 - 09:54 -   Notícia original Link para notícia
Baixa ocupação nos hotéis em Belo Horizonte preocupa empresariado

Hoje a Capital tem 22 mil leitos disponíveis e a cidade está parada desde a Copa do Mundo


Daniela Maciel              


    A atual situação do parque hoteleiro de Belo Horizonte, com baixa ocupação, tem preocupado empresários do setor. Em janeiro a ocupação nos dias de alta - segunda, terça e quarta - ficou entre 40% e 45% e no fim da semana, entre 20% e 25%.

Diante desse quadro, o presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Minas Gerais (Fhoremg), Paulo César Pedrosa, avalia o primeiro semestre já como perdido e conclama a união do setor. "Vivemos um cenário grave. Hoje a Capital tem 22 mil leitos disponíveis e a cidade está parada desde o ano passado. Em 2014 só tivemos a Copa do Mundo como evento e, mesmo assim, os hotéis só tiveram boa ocupação nos dias de jogos no Mineirão.

Este semestre não temos, sequer, um grande evento. Ninguém organiza um congresso em menos de um ano, então 2015 será muito difícil. Temos que arregaçar as mangas e unir todo o trade, incluindo o poder público para salvar o ano", afirma Pedrosa.

Para ele, o número de hotéis necessários para atender a demanda da Copa do Mundo foi supervalorizado e a solução é potencializar a vocação de Belo Horizonte para o turismo de eventos e negócios. Apesar do valor médio da diária ser um dos mais baixos entre as capitais - R$ 150 - a atração de eventos não tem sido satisfatória.

Características - Além dos preços, a Capital tem outras características, como a localização geográfica equidistante de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; a razoável qualidade do trânsito e das condições de mobilidade, principalmente comparadas às capitais paulista e fluminense; e a qualidade de vida que dão à cidade diferenciais competitivos, porém pouco conhecidos e aproveitados.

"Nossos hotéis estão com baixa ocupação, é possível que algumas operações não resistam até o fim do semestre e o número de empreendimentos com as obras paralisadas ou em ritmo muito lento é preocupante. Temos que ter uma divulgação mais agressiva fora do Estado. Também temos que trabalhar o receptivo, criar atrativos e buscar qualificação. Infelizmente ainda temos um atendimento de baixa qualidade tanto na hotelaria como na gastronomiaõ, lamenta o presidente da Fhoremg.

Mas nem todas as notícias são ruins. A informação de que a Secretaria de Turismo será separada da Secretaria de Esportes foi comemorada, apesar de ainda não ter sido anunciada a data de extinção da atual Secretaria de Estado de Turismo e Esportes (Setes). A disposição para o diálogo do atual secretário Geraldo Pimenta foi recebida com otimismo.

"Fomos convidados para uma conversa com o secretário e foi um bom início de trabalho. Precisamos resolver a questão da falta de espaço para grandes eventos. A expansão do Expominas (Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova) e a construção do centro de convenções do município precisam ter uma solução. Temos que parar de reclamar e trabalhar para deixarmos de ser apenas grandes emissores de turistas e passarmos a ser grandes receptivos. Minas Gerais e o Brasil precisam se atentar para o potencial do nosso turismo", destaca o empresário.


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