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DCI - Online ( Comércio ) - SP - Brasil - 29-01-2015 - 10:09 -   Notícia original Link para notícia
Piora da confiança dos consumidores deixa os pequenos lojistas em alerta

Preocupação com a falta de água e de energia foi o assunto, em meio ao cenário da economia em desaceleração, que teria afetado a opinião dos brasileiros, conforme estudo da FGV



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Camila Abud


Sendo menores, as empresas têm reduzida a capacidade para administrar questões financeiras em meio a clientes cada vez mais exigentes
Foto: Divulgação/Agência Brasil


São Paulo - A queda na confiança dos brasileiros devido a uma percepção de piora no cenário macroeconômico deverá deixar ainda mais alerta os pequenos e médios lojistas. Houve recuo de 6,7% na confiança do consumidor em janeiro ante dezembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).



O Índice de Situação Atual (ISA) puxou a queda no período e com mais receio em relação aos gastos familiares e com menos apetite de ir às compras, os consumidores tendem a levar os lojistas independentes a uma busca por como driblar a concorrência, afinal essas empresas menores costumam ter menos manobra para negociar com fornecedores e bancos.



A economia parada dificulta a vida do pequeno lojista, que é a maior parcela de empreendedores do País, como afirma o sócio-diretor da GS&BW, consultoria especializada em marketing de varejo e shopping centers, Luiz Roberto Marinho.



Segundo ele, é importante entender que a maior parte das pessoas não costuma fazer compras apenas por uma questão de necessidade, logo os gastos são na maior parte das vezes entre as empresas que vendem artigos supérfluos. Neste sentido, as companhias independentes acabam sendo afetadas em períodos de situação econômica mais adversa.



Impacto


Marinho lembra que justamente por serem menores, as empresas têm pouco poder de barganha e, assim, menor capacidade para administrar questões financeiras em meio a uma projeção de redução nas vendas. "Um ponto importante é pensar que entre os shopping centers, por exemplo, a maior parte do que é comercializado é formado por produtos supérfluos, logo o impacto é ainda maior".



Quando há otimismo, o consumidor tende a comprar mais, logo quando acontece justamente o contrário e ele costuma pisar no freio. Assim, ele tem uma perspectiva cautelosa em função da situação, agravada pelas crises hídrica e energética, que acentuaram a queda de confiança do consumidor. "Entidades como a FGV e a Confederação Nacional da Indústria [CNI] apresentaram índices de queda por todo o ano de 2014. Esperávamos que o fim da corrida eleitoral pudesse animar o consumidor e o empresariado, mas agora temos essa ducha de água fria."



Marinho ressaltou, entretanto, que o varejista precisa ter em seu DNA um pouco de otimismo inveterado. "O varejo brasileiro é bem maior do que esse momento de escândalos e crises. O varejista tem de pensar em longo prazo. Infelizmente as PMEs não têm tanto fôlego para aguardar uma mudança de ventos", comentou.



Perspectiva


Apesar da análise, no momento o clima entre os consumidores não demonstra ser dos melhores. Ainda com relação ao indicador da FGV, a proporção de pessoas afirmando que a situação está boa caiu de 8,7% em dezembro para 6% do total em janeiro.



Desta maneira, tudo indica que cada vez mais as PMEs terão de se adaptar à realidade de desaceleração, sempre de olho em cada vez mais atender de maneira distinta e personalizada ao consumidor. É este o comentário do consultor Michel Alcoforado, sócio fundador da Consumoteca, empresa de pesquisa especializada no comportamento do consumidor brasileiro.



"As multinacionais são conglomerados que atuam mais com manobra de massa, ainda que tenham produtos voltados a determinados nichos. Mas, para as PMEs, aí está a chance de adaptar serviços e produtos para oferecer uma personalização de atendimento eficiente", argumenta.



Conforme Alcoforado, a palavra de ordem neste momento é versatilidade. "É preciso criar sites que permitam vários serviços e tenham a casa dos novos consumidores brasileiros, formados por novos modelos de família, com jovens universitários ávidos por comprar, por casais formados por homossexuais ou até mesmo pelas pessoas acima de 60 anos, atentas ao consumo."


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