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Portal O Tempo ( Cidades ) - MG - Brasil - 06-12-2014 - 10:49 -   Notícia original Link para notícia
Metade dos consumidores vai comprar menos neste Natal

Inflação alta e dívidas acumuladas durante o ano tiram o poder de compra dos brasileirosFonte NormalMais NotíciasMais fraco. Natal de 2014 ainda não empolgou o consumidor de Belo Horizonte que, mais uma vez, vai deiar para a última horaPUBLICADO EM 06/12/14 - 04h00ANA PAULA PEDROSA


Inflação alta, crédito caro, dívidas e insegurança. Para enfrentar a combinação nada favorável, o consumidor vai sacrificar as compras de Natal. Em 2013, cada pessoa comprou, em média, entre quatro e sete presentes. Neste ano, o número de presenteados caiu para algo entre um e seis presentes, de acordo com pesquisa da de Belo Horizonte (-BH). Com isso, 45,7% das pessoas pretendem gastar menos nesta ano do que no Natal do ano passado.


A mesma pesquisa mostrou que o valor de cada compra deve ser R$ 90, apenas R$ 1 a mais do que no ano passado. "A inflação faz os produtos ficarem mais caros. As pessoas vão gastar um pouquinho a mais, mas não vão comprar a mesma coisa", diz a economista da -BH, Ana Paula Bastos. Ela diz que os produtos preferidos serão roupas, sapatos e acessórios, que são mais baratos do que eletrônicos, por exemplo, e de fácil troca.


Além de comprar menos, o consumidor também deve demorar mais a ir às lojas. A expectativa é que uma em cada quatro pessoas só saiam às compras na semana do Natal. Além do hábito de deixar tudo para a última hora, também há uma razão econômica para isso. "O pessoal deve esperar a segunda parcela do 13º para consumir", diz.


Além de presentear menos, o consumidor também vai ter que se esforçar para manter o padrão da ceia de Natal sem extrapolar o orçamento. "As famílias vão ter que fazer mágica para ter uma ceia farta sem gastar demais", afirma o diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. Ele diz que as pesquisas do site mostram que a alta do dólar pressionou preços de produtos, que tradicionalmente compõem a ceia, como fruta, bebidas e bacalhau.


Produtos que não são cotados em dólar também subiram de preço na esteira dos concorrentes ou da grande demanda. "Quando os vinhos importados ficam mais caros, os nacionais também encontram espaço para aumentar os preço e ganhar na margem de lucro", diz.


No caso das frutas como o abacaxi e das carnes tradicionais da data, como lombo, peru e chester, o aumento acontece devido à grande procura. Para Feliciano Abreu, pode haver uma queda caso o consumidor não compre na primeira quinzena do mês. "Os comerciantes não vão querer ficar com o produto encalhado e reduzem os preços a partir do dia 15", diz.


Ele completa que o "panorama neste ano não está bom para o consumidor" e aconselha a boa e velha pesquisa de preços em busca de produtos de qualidade com preços mais em conta. O preço do bacalhau do Porto, por exemplo, varia 182% dependendo do estabelecimento.


Pesquisa


Alta. Pesquisa do Mercado Mineiro mostra que o damasco foi o campeão de alta na comparação com 2013: o preço do quilo subiu 81%. Em seguida, aparecem o vinho branco argentino, que teve alta de 65,33%, e as nozes com casca, com aumento de 61,37% .


Artesanato é opção barata

Quem gosta de artesanato e tem disposição para andar, pode procurar presentes e lembrancinhas originais para o Natal na Feira Nacional de Artesanato (FNA), que acontece no Expominas, até este sábado. São 1.200 estandes onde 7.000 artesãos com peças de todo canto do país e de outros países, como Peru e Argentina.

Entre os itens à venda, marcadores de livro a partir de R$ 2, anjos de fibra de coco por R$ 6. De acordo com a realizadora da feira e presidente do Instituto Centro Cape (ICCAPE), Tânia Machado, a maioria dos produtos custa entre R$ 20 e R$ 30. Cerca de 180 mil pessoas devem visitar o evento.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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