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Portal EM ( Gerais ) - MG - Brasil - 13-11-2014 - 11:23 -   Notícia original Link para notícia
Vendas no Natal devem crescer entre 1,5% e 3%, menor resultado desde 2001 - 6h00

Apesar da bolada, estimativa de crescimento da movimentação financeira no comércio de BH com a data, entre 1,5% e 3%, é a menor desde 2001. Mas há lojistas que esperam alta maior


Francelle Marzano


Publicação: 13/11/2014 06:00 Atualização: 13/11/2014 07:28



Nos shoppings da Grande BH, o investimento para o período natalino vai superar os R$ 7 milhõesDepois de um ano difícil para o comércio varejista, com a desaceleração da economia, inflação e juros mais altos, os lojistas apostam no Natal para recuperar o fôlego de vendas e não fechar o ano no vermelho. A data, considerada a melhor do ano pelos empresários do setor, pode movimentar entre R$ 3,15 bilhões e R$ 3,19 bilhões no comércio da capital, de acordo com estimativa divulgada ontem pela de Belo Horizonte (-BH). Mas, apesar da bolada prevista, a expectativa de crescimento, entre 1,5% e 3%, é a menor desde 2001, ano em que a economia do país foi fortemente influenciada pelo apagão e pelo atentado às torres gêmeas nos Estados Unidos. Há, no entanto, lojistas que estão mais otimistas e esperam crescimento nas vendas entre 20% e 30%.

"Mesmo com muitos fatores influenciando negativamente, o Natal ainda é a melhor data para o comércio. É um crescimento modesto, mas que está dentro das expetativas do atual cenário econômico", explica o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar. Segundo ele, outros fatores, como o apelo emocional da data, o mercado de trabalho ainda firme, o aumento da renda da população, assim como o pagamento do 13º - que apenas em Belo Horizonte vai injetar R$ 2,56 bilhões na economia -, vão contribuir para o desempenho positivo no setor. "Dificilmente as pessoas deixarão de presentear. Os consumidores podem até comprar presentes de menor valor, mas não deixam de comprar", completou.

RECUPERAÇÃO 
Proprietária de duas lojas na Savassi, a empresária Aila Portugal está otimista e aposta numa alta de 20% nas vendas. "Este foi um ano difícil, influenciado pela Copa do Mundo, eleições e menos dias úteis no calendário. Nossa esperança é recuperar o fôlego agora, elaborando ações que possam aquecer as vendas e apostando no Natal como a melhor data, como sempre foi", afirma.

Na Stravaganza, loja de roupas e acessórios na Savassi, a expectativa é que o movimento triplique entre o fim deste mês e 24 de dezembro. Para isso, o sócio André Safar apostou nas redes sociais como aliadas e aumentou o estoque para dar conta de atender a demanda. "Acredito num incremento de até 30% no movimento e nas vendas. Muitos amigos que têm comércio reclamam dessa estagnação nos negócios. Mas nós ainda não sentimos isso, acho que muito por conta da campanha que fazemos no Instagram e no Facebook", explicou.

O presidente da Associação de Comerciantes do Hipercentro, Flávio Assunção, afirma que o Natal é a última oportunidade para que o setor não feche o ano no vermelho. "Nós sempre esperamos por dezembro, que é o melhor período para o setor. Estamos torcendo por indicadores melhores, para que os consumidores fiquem mais otimistas e consumam mais", afirma. Flávio ainda acrescenta: "Acho que ninguém vai ficar sem presente. No entanto, as pessoas vão procurar por itens mais baratos".

TEMPORÁRIOS
 Outro sinal do otimismo para as vendas de Natal está nas contratações temporárias para a data. De acordo com pesquisa da -BH, 71,83% dos empresários entrevistados contratarão de um a cinco empregados temporários; 16,9% entre seis e 10; 5,63% entre 11 e 15; 4,23% entre 21 e 25 e 1,41% vão precisar de mais de 25 profissionais extras para atender a demanda do período natalino.


A estimativa da instituição é de que essas aberturas de vagas para o Natal de 2014 apresentem crescimento entre 1% e 1,5% em relação ao ano anterior. O número total de contratações deste ano deve variar entre 9.359 e 9.406. Em 2013, o comércio varejista precisou de 9.267 funcionários temporários para o Natal, o que representou um crescimento de 2,5% na comparação com 2012.


 


Enquanto isso...


%u2026nem todos limpam o nome

O número de dívidas regularizadas em outubro pelos consumidores recuou 5,88% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em relação a setembro, sem ajuste sazonal, o volume de quitações também apresentou resultado negativo e caiu 2,11%. A informação é do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência no banco de dados do SPC Brasil. No acumulado do ano, o número de consumidores que regularizaram suas pendências e limparam o nome dos cadastros de inadimplentes está 1,62% menor do que no mesmo período de 2013. Segundo a Serasa Experian, a inadimplência aumentou 14,2% em outubro frente a igual mês de 2013. No acumulado do ano, a alta é de 5,1%. No entanto, houve recuo de 1%  em relação a setembro.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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