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Band ( Brasil ) - SP - Brasil - 03-11-2014 - 11:13 -   Notícia original Link para notícia
Mesmo com inflação, mineiros não adiam planos - 9h31

Divulgado índice de expectativa que mostra que o consumidor está mais otimista este ano do que em 2013. Ele acredita que a inflação sofrerá queda e a empregabilidade continuará em alta. O resultado mostra uma tendência de recuperação de confiança para o ano de 2015. MetroBH leitor.bh@metrojornal.com.br


 Desde o mês passado o consumidor está mais otimista. Confiante na empregabilidade, espera queda na inflação e aumento da renda pessoal. A constatação é fruto de pesquisa divulgada pela Confederação Nacional das Indústrias, que mediu o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), que cresceu 2,1% em relação a setembro.


 


Em Belo Horizonte, se por um lado as pessoas ainda estão cautelosas na hora de ir às compras e adquirir bens de maior valor, como indicou a Câmara de Dirigentes Logistas, por outro, já é possível notar crescimento nas vendas. "Ainda não há um fator palpável. Mas durante o ano não aconteceu queda de consumo, e sim crescimento menor do que em 2012, quando houve estímulo e expansão de crédito", avaliou a economista da /BH, Iracy Pimenta. Segundo ela, o grande pilar para o otimismo responde por empregabilidade. "Se há mais pessoas empregadas, maior é o acesso ao consumo", afirmou.


 


Há 35 anos no comércio, o empresário Altair Rezende, dono da Brinkel, no bairro Padre Eustáquio (região Noroeste), loja de brinquedos que ele classifica como especializada, explicou que o crescimento tem sido pequeno, é fato, mas regular: de 3% a 5% no ano. Os diários eletrônicos fa e os preços variam de R$ 199 a R$ 299. "O tíquete médio de meus produtos fica em torno de R$ 150", disse. Não é um preço considerado caro, tampouco está dentro do que chama-se "lembrancinha", que situa-se na faixa de R$ 30.


 


Outro setor que mostra-se otimista é o supermercadista. A Amis (Associação Mineira de Supermercados) divulgou resultados do Termômetro de Vendas, e, ano que vem, o setor deve abrir mais 70 unidades no Estado e fazer reformas em outras 75. Os investimentos previstos estão em R$ 300 milhões, informou a Associação. Como em um dominó, os estabelecimentos saltarão de 6.970 para 7.040, o que vai gerar 8 mil novos postos de trabalho até 2015.


 


É este otimismo que, segundo o economista e professor da UFMG Carlos Aníbal, faz a economia do Estado girar. "O mineiro é desconfiado e retraído até para o consumo. Mas se a expectativa é boa, ele tende a comprar mais, de geladeira a fogão, viagem, tapete para casa. E co mo quase todos os brasileiros, a compra é feita por meio de crédito, o que significa que o consumidor acredita que vai ter renda para pagar o financiamento destes bens", assinalou ele.


 


O economista Marcelo Souza Azevedo, responsável pela pesquisa da CNI, explicou que este sentimento pode impactar na atividade industrial e econômica do país. "A pesquisa é feita em cima de um apanhado de perguntas que são as variáveis que o consumidor leva em conta na hora de gastar. A ideia é antecipar o movimento de quem vai às compras".


 


Para o vice-presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg, Lincoln Fernandes, o otimismo é exagerado pois a inflação não está controlada. "Não há nenhuma certeza no cenário que leve a este otimismo. E ainda vamos passar por um período de ajustes dos preços administrados", advertiu Fernandes.


 


Nossa equipe foi às ruas saber qual é o sentimento do belo-horizontino sobre as expectativas em relação a emprego, inflação e o que fazer com o dinheiro. Ninguém falou em adiar planos mesmo com o cenário instável.




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