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Portal Hoje em Dia (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 28-10-2014 - 10:50 -   Notícia original Link para notícia
Faltam clientes, sobram queixas na avenida Pedro II


PREJUÍZO - Na avenida Pedro II, em apenas dois quarteirões várias lojas fecharam as portas


Provocadas pela implementação de faixas exclusivas para ônibus do Move, algumas alterações no trânsito de Belo Horizonte tiveram impacto no comércio. Na avenida Silviano Brandão, 14 lojas fecharam as portas. Na Pedro II, em apenas dois quarteirões há placas de "aluga-se" em pelo menos cinco estabelecimentos. Quem não encerrou as atividades demitiu funcionários alegando queda nas vendas.


As principais queixas dos comerciantes estão relacionadas à impossibilidade de estacionar ao longo das vias e a queda na oferta de táxis nesses locais, por causa das áreas restritas à circulação de ônibus.


De acordo com o vice-presidente da (-BH), Anderson Rocha, embora não haja um levantamento que aponte, em números, a real situação do principal corredor varejista de autopeças da cidade, é "perceptível" o resultado negativo das intervenções. "Muitas empresas tiveram que fazer adequações para que os clientes pudessem estacionar dentro das lojas", disse.


A estratégia foi adotada, por exemplo, na loja de peças e acessórios "Só Volkswagen", mas, sem sucesso. "Se vendíamos R$ 5 mil por dia antigamente, hoje não vendemos nem R$ 1 mil", lamentou o vendedor Josimar da Silva Alves.


Segundo ele, a falta de opções de estacionamento na avenida, aliada às multas aplicadas constantemente aos motoristas que trafegam pelas faixas dos ônibus, levou muita gente a desistir das compras por lá. "As pessoas deixam de comprar para não serem multadas. O pessoal da loja ao lado não aguentou e fechou, porque não tinha mais movimento", afirmou.


Silviano brandão


A situação é semelhante na avenida Silviano Brandão, conhecido polo de móveis, onde, no início do ano, houve alteração na circulação no trecho entre a rua Capuraque e a avenida Cristiano Machado, agora mão inglesa.


"Nesta semana, tive a confirmação de que mais uma loja vai fechar. Será a 15ª porque, sem adequações, fica difícil valorizar a entrada na avenida e os aluguéis aqui são muito caros", disse a presidente do Polo Moveleiro, Eliana Reis Faria.


No quarteirão em que foi feita a mudança, o faturamento dos lojistas despencou 70%, e, no restante da via, 30%, segundo ela. Anderson Rocha, da -BH, confirmou o cenário. "Nos dois locais (Pedro II e Silviano Brandão) temos quedas nas vendas. Ainda não identificamos o grau, mas as reclamações são muitas", disse.


Conforme Eliana, quem ainda tem condições de investir em publicidade consegue se manter, por enquanto. "Deveria haver mais cuidado com o comércio de Belo Horizonte, porque 73% do PIB (Produto Interno Bruto) da cidade vêm dele", observou.

Medidas alternativas

Segundo a BHTrans, o objetivo das mudanças viárias e da implantação das faixas exclusivas é melhorar a mobilidade do Move nas regiões das avenidas Pedro II e Silviano Brandão.


Com a mudança na Pedro II, em junho, tornou-se proibido estacionar nas faixas da direita, nos dois sentidos, de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h, e aos sábados, das 6h às 14h. Várias ruas adjacentes também deixaram de ter acesso pela avenida.


Segundo a empresa, foi acertado com os lojistas a implantação de travessia elevada, rebaixamento de passeio e implantação de áreas específicas para carga e descarga para amenizar o impacto das alterações.


Na Silviano Brandão, a inversão da mão de direção entre a rua Capuraque e a avenida Cristiano Machado foi feita em janeiro.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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