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AMIS - Associação Mineira de Supermercados ( Notícias ) - MG - Brasil - 26-08-2014 - 10:55 -   Notícia original Link para notícia
Pagamento de 13º para aposentados vai injetar R$ 1,5 bi em Minas

Aos 74 anos, o aposentado Joaquim Martins de Oliveira já sabe bem o destino que dará para a primeira parcela do 13º salário que recebeu nessa segunda-feira: quitar suas dívidas. Segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Joaquim ressalta que o que ganha não dá para as suas despesas e o abono antecipado será uma forma de ajudar a zerar o que está devendo. O senhor faz parte do universo de 3,1 milhões de mineiros que, desde de ontem, começaram a receber o 13º salário do INSS, o que irá injetar R$ 1,5 bilhão na economia do estado. Em todo o Brasil, serão mais 27 milhões de pessoas que terão direito à gratificação, movimentando R$ 13,9 bilhões na desaquecida economia nacional.
 



Os primeiros a receber a primeira parcela do 13º salário, que pode chegar a 50%, serão os segurados com rendimento de um salário mínimo (R$ 724) com cartão final 1, desconsiderando-se o dígito. Para aqueles que ganham acima do mínimo, o pagamento começa a ser depositado em 1º de setembro. De acordo com a Previdência Social o calendário de pagamento de agosto segue até o dia 5.
 



Além disso, segundo a Previdência Social, a folha de agosto vai pagar mais de 31 milhões de benefícios, o que corresponde a mais de R$ 29 bilhões. Essa diferença entre a quantidade de benefícios da folha e o número de benefícios do abono ocorre porque nem todos os segurados têm direito ao 13º, como é o caso de quem recebe amparo previdenciário do trabalhador rural, renda mensal vitalícia, amparo assistencial ao idoso e ao deficiente, entre outros (veja quadro).
 



Em Minas, a quantidade de benefícios da folha é de 3,5 milhões de pessoas, porém, destes, 87% terão direito ao 13º salário, o que corresponde a 3,1 milhões de segurados. Aposentados e pensionistas, em sua maioria, receberão 50% do valor do benefício. A exceção é para quem teve o benefício concedido depois de janeiro deste ano. Para esse grupo, o valor será calculado proporcionalmente aos meses entre a concessão e este mês.



 


Ontem, dia em que o dinheiro começou a ser depositado nas contas de alguns segurados, o aposentado Joaquim Martins, de 74, não sabia sobre a antecipação da primeira parcela do 13º e, ao ser avisado, diz ter sentido um certo alívio, já que está em dívida com o condomínio e ainda não pagou o seu Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). "Moro sozinho e o que ganho com a aposentadoria não dá para pagar todas as despesas. Essa parcela vai ajudar um pouco, mas não sei se será suficiente para tudo", reclama.




O caminho de quitar as dívidas é o mais coerente, na avaliação da economista da (/BH) Ana Paula Bastos. Ela comenta que o ideal para os maiores de 65 anos é procurar sair da inadimplência, já que o débito dessa faixa etária está cada dia maior. "A tendência é que esses consumidores, principalmente os aposentados, priorizem o pagamento do que devem, pois, dessa forma, poderão voltar ao mercado de consumo e demandar crédito", diz.
 



De acordo com os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da /BH, em julho, o número de dívidas em atraso desse público (acima dos 65 anos) chegou a 9,75%. No mesmo mês do ano anterior, esse índice era de 8,17%. "Com um custo de vida mais alto e com uma queda na renda, os aposentados estão se endividando. Por isso, aqueles que já estão com débitos devem priorizar. Neste momento, quitar o que devem, preferindo, inclusive, não parcelar o valor da dívida. Mas, se isso não for possível, podem , inclusive, pagar, primeiro, os valores menores. Mas o interessante é deixar o consumo para depois", recomenda.




Poupança

No caso da aposentada e pensionista Maria da Conceição Almeida Cota, de 87, essa primeira parcela será aplicada na poupança. Maria diz que, por enquanto, não está com dívidas. Ela ganha acima do mínimo e, por isso, só terá o dinheiro depositado na sua conta em setembro. "Vou guardar a quantia para os casos de necessidade. Às vezes, posso precisar em caso de saúde e outras despesas. Mas, 10% do que ganhar darei de dízimo para a Igreja", revelou. De acordo com a economista, quem pode guardar essa primeira parcela, como fará Maria, é o ideal. "É bom ter uma segurança, já que imprevistos podem ocorrer. Mas, para quem tem dívidas na praça, o melhor é usar essa quantia e tentar quitá-las", aconselha. Fonte: Uai


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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