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Estado de Minas Online ( Especial ) - MG - Brasil - 26-07-2014 - 12:54 -   Notícia original Link para notícia
Atendimento pleno

Centros oncológicos de Belo Horizonte são altamente qualificados para receber os pacientes



Equipamento de ponta para tratamento de câncer no Hospital Luxemburgo


O Instituto Nacional do Câncer (Inca) projetou mais de 61 mil novos casos da doença para Minas Gerais em 2014. São centenas de neoplasias malignas, com prognósticos e tratamentos diferenciados e multidisciplinares. Segundo Enaldo Melo de Lima, coordenador do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Mater Dei, Minas tem cerca de 10% dos oncologistas clínicos atuantes em todo o Brasil, com centros oncológicos de referência na capital, na região metropolitana e interior do estado, com cobertura no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e suplementar (convênios) em todas essas regiões. A começar pelo Instituto Mário Penna. Desde 1971, quando foi criado, ele está envolvido na prevenção, diagnóstico, tratamento e acolhimento do paciente oncológico. Só em 2013, foram atendidos pacientes de 427 municípios mineiros.

Segundo Daniel Bonomi, cirurgião torácico do instituto, o tempo de atuação na área de oncologia clínica-cirúrgica e de cuidados paliativos, associados ao desenvolvimento e formação de profissionais multidisciplinares dedicados aos pacientes, foram essenciais para o Mário Penna ser reconhecido como centro de referência. "Investimentos em tecnologia, como a aquisição do PET CT (tomografia por emissão de pósitrons acoplado à tomografia computadorizada), prevista para o segundo semestre de 2014; a modernização do bloco cirúrgico, com investimento em videocirurgias e criação de centros de pesquisas, garantem a posição de liderança do instituto na oncologia mineira", defende.

Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica(Sboc), Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (Esmo), Enaldo destaca a atuação dos oncologistas mineiros, sobretudo nos tumores sólidos e hematológicos, não se restringindo a atendimento de áreas específicas da oncologia, ao contrário do que ocorre em outros grandes centros brasileiros e internacionais. "Coube à liderança da oncologia mineira a reestruturação da residência em cancerologia clínica em todo o Brasil, em 2007, com a extensão do tempo de duração da formação de dois para três anos e a inclusão de grade específica de formação em tumores sólidos e onco-hematológicos, assim como o treinamento e orientação em áreas de competência clínica, de gestão, pesquisa e educação."

O serviço de Oncologia da Rede Mater Dei de Saúde cresceu exponencialmente nos últimos dois anos, incorporando inovações como a onco-hematologia, a cardio-oncologia, o ambulatório de oncogenética, a integração multidisciplinar com todos os serviços correlatos na rede, a nutrição oncológica, o check-up oncológico e a formação de especialistas por meio da especialização em cancerologia clínica. O Hospital Felício Rocho, por meio de seu Instituto de Oncologia, é outro com infraestrutura diferenciada. Com capacidade de atendimento de 4.000 consultas/mês e 280 atendimentos/dia (consultas e tratamentos), em seus 27 apartamentos individuais e 10 consultórios, é possível fazer o tratamento completo. 

Segundo Renato Nogueira Costa, diretor do Instituto de Oncologia, um conceito de atenção integral foi desenvolvido especialmente para a unidade. "Nosso intuito é facilitar a vida do paciente, para que ele não precise se deslocar para diversos lugares para realizar o tratamento. A pessoa pode contar com todo o apoio do médico e da equipe clínica do Felício Rocho, seja no tratamento individualizado nos apartamentos ou no próprio hospital, caso a internação seja necessária. É um conforto a mais para o paciente saber que ele terá sempre ao seu lado a equipe médica de referência", afirma o oncologista. Um dos destaques na estrutura do hospital é o Centro Avançado de Radioterapia (Radiocare), com modernas técnicas para tratamento do câncer.

O reconhecimento, na opinião de Roberto Carlos de Oliveira e Silva, diretor técnico do hospital, vem do investimento na capacitação periódica do seu corpo clínico, estruturação física e funcional do ambiente de trabalho, dando a condição para realização de uma medicina de qualidade. O instituto é fruto de um intenso trabalho de pesquisa e observação em diversos centros de oncologia do país e do exterior, já que ao longo dos anos foram concretizadas importantes parcerias com universidades estrangeiras.

DESAFIOS O acesso a estudos científicos de ponta são essenciais para se fazer uma oncologia baseada na melhor evidência científica. Essa é uma das apostas da Oncomed BH. Para o oncologista Alexandre Chiari, é fundamental estudar constantemente e manter-se atualizado, sempre analisando os estudos científicos de forma crítica. "A dedicação profunda e a atenção às reais necessidades do paciente são fundamentais para que se torne referência. Estamos sempre participando de simpósios, congressos e da formação de novos profissionais dentro dos programas de residência médica. Todos os nossos oncologistas participam de forma efetiva de congressos nacionais e internacionais e analisam de forma criteriosa as novas formas de tratamento do câncer."

Segundo Enaldo, também foram os oncologistas mineiros os responsáveis pela elaboração, quase na íntegra, da segunda e última edição dos Manuais de Condutas (Diretrizes) da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc), em 2011. "Isso se deve à formação desses profissionais e contínua atualização em congressos locais, nacionais e internacionais. Desde 2006, a Regional da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc-MG) realiza sem interrupções, no mês de junho, o Encontro Pós ASCO, que apresenta os destaques do congresso americano realizado anualmente no mesmo mês. "Vários desses profissionais são líderes de opinião em âmbito nacional e realizam, por meio de centros de pesquisas, a inclusão de pacientes em estudos internacionais multicêntricos", explica.

Na Oncomed BH, que se prepara para construir um hospital próprio em 2015, são realizadas reuniões científicas semanais. Há ainda a participação semanal em simpósios para debate de novas estratégias de tratamento e adoção, na prática clínica, do que colabore com o tratamento. Daniel Bonomi, do Mário Penna, também vê na educação médica continuada o principal desafio para se manter um centro de referência. "É preciso ter conhecimento científico atual e colocá-lo na prática clínica. Uma dificuldade está no custo de se fazer medicina de ponta. No nosso caso, como filantropia, conseguimos manter os padrões graças ao apoio da sociedade e dos parceiros que, investem e acreditam no nosso trabalho", diz.


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