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Portal Hoje em Dia (MG) ( Minas ) - MG - Brasil - 09-07-2014 - 10:56 -   Notícia original Link para notícia
Bares da Savassi dão adeus à Copa com gosto de quero mais- 07h49

Janaína Oliveira - Hoje em Dia




Torcedores alemães fizeram a alegria dos comerciantes da Savassi


O adeus de Belo Horizonte às partidas da Copa do Mundo no Mineirão deixou os donos de bares e restaurantes da Savassi com um gosto de quero mais, muito mais. Empresários do segmento tiveram recorde de vendas e faturamento até 200% maior em dias de jogo no estádio da Pampulha. Hotéis também marcaram goleada, com lotação máxima na semifinal entre Brasil e Alemanha e 70% de ocupação, em média, durante todo o Mundial.


Do outro lado do campo, porém, óticas, papelarias, lojas de roupas e outros ficaram no zero a zero.


"O sucesso da Savassi entre os torcedores estrangeiros foi incrível. O movimento, jamais visto, foi responsável pelo crescimento de até 200% no faturamento em alguns bares e restaurantes. As vendas também foram boas para lojas de artigos ligados à Copa e materiais esportivos. No entanto, nos demais estabelecimentos a expectativa foi frustrada, em razão da alta carga tributária. Se o Brasil não tivesse os impostos mais caros do mundo, todo o comércio teria lucrado", diz o coordenador do Conselho da () da Savassi, Alessandro Runcini.


Ainda não há um balanço fechado, mas a previsão de movimentação financeira da Associação de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) durante a Copa do Mundo, em Belo Horizonte, ultrapassa a casa dos R$ 70 milhões.


Localizada no quarteirão fechado da rua Pernambuco, a Status virou ponto de encontro de turistas do mundo inteiro. Nessa terça-feira (8), foi dia de "invasão" dos alemães. "A maioria bebe cerveja. Mas caipirinha e cachaça também agradam muito", diz o sócio Gustavo Batista.


Para a barriga não ficar vazia, tropeiro e linguiça apimentada. "Em média, as vendas cresceram 40%. Mas em dias de jogos, foram mais que o dobro", comemora.


Até quem não é do ramo arrumou um jeito de ter a sua fatia de lucro. A empresária Aila Portugal, proprietária da loja de roupas UST, no quarteirão fechado da rua Antônio de Albuquerque, tirou de cena vitrine, vestidos e blusas para ceder lugar a dois freezers recheados com latões de cerveja. Só na segunda-feira, véspera da partida entre Brasil e Alemanha, foram vendidas entre 1.200 e 1.500 unidades, ao preço de R$ 15 cada uma.


"Foi um gol de placa, já que a maioria dos torcedores é formada por homens, que não estão interessados em roupas. Querem mesmo cerveja e caipirinha", afirmou ela, que perdeu as contas de quantas doses serviu aos alemães. "Eles são educados e lindos. Pedem vodca e Brahma", contou. A dose sai a R$ 6, cada, e a garrafa de catuaba custa R$ 10.


Caipinha e Havaianas lideraram a preferência


Moda na Europa, onde chegam a custar até R$ 400, as Havaianas foram sucesso de vendas na Elmo Calçados da Savassi. A procura foi tanta que um quiosque com as "legítimas" foi montado na frente da loja. "As vendas aumentaram mais de 30%. Em um só dia, foram mais de 50 pares", comemora a gerente Janete Lima Oliveira.


O par custa a partir de R$ 19,96. Entre os fregueses, gente do mundo inteiro, principalmente do México, Colômbia e Alemanha. "Os estrangeiros compram para eles, para a esposa, filhos, irmãos", afirma a gerente, que junto com os funcionários teve que driblar a dificuldade de falar outros idiomas.


O analista financeiro alemão Frank Dork e três amigos chegaram na segunda à noite em Belo Horizonte e nesta quinta-feira (10) já despedem-se da cidade. Levarão na bagagem boas lembranças, além de um par de Havaianas. "Para nós, os preços aqui são ok. Mas para quem mora no Brasil acredito que seja quase tudo caro", disse.


O economista Justus Buuh veio com um grupo de Munique para acompanhar de perto a sua seleção. Encantou-se pela amabilidade do povo e pela caipirinha. "É gostosa e barata. Na Alemanha, um copo custa o equivalente a R$ 50", disse ele, que pretende voltar ao Brasil.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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