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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 02-07-2014 - 11:24 -   Notícia original Link para notícia
Falta passagem para a fase final

Além da dificuldade de comprar ingressos, torcedores de última hora ficam sem opção de viagem para jogo do Brasil


Pedro Rocha Franco


Publicação:02/07/2014 04:00


Comprar um ingresso para os jogos restantes da Copa do Mundo requer muito esforço, principalmente para quem ainda sonha em conseguir as entradas por preços normais no site da Fifa em vez de pagar valores exorbitantes nas mãos de cambistas. Mas, além dos ingressos, os torcedores têm um segundo desafio: conseguir passagens em voos disponíveis para o local dos jogos. Para Fortaleza, palco do duelo entre Brasil e Colômbia na sexta-feira, por exemplo, raros assentos ainda estão disponíveis saindo de Belo Horizonte e Rio de Janeiro; de São Paulo não há mais vagas. Já para a semifinal em Belo Horizonte ainda restam algumas passagens partindo de São Paulo e Rio, mas com os preços nas alturas.

O alto preço das passagens obrigou o servidor público Marco Antônio Soalheiro a vender suas duas entradas para o jogo entre Holanda e Costa Rica, em Salvador. Ele queria assistir a pelo menos uma partida da fase eliminatória, mas, na primeira etapa de vendas, não foi sorteado para os jogos que concorreu. Nas últimas semanas conseguiu finalmente os bilhetes. A ideia era trocá-los por ingressos de um jogo no Maracanã. Não deu certo. Ao ver então o valor das passagens aéreas para Salvador, desistiu. "Estava muito caro. Mais de R$ 1 mil", afirma ele, que, sem saída, vendeu as entradas para amigos pelo mesmo preço que comprou. Ele ainda tenta no site da Fifa um ingresso para França e Alemanha, que, por ser no Rio de Janeiro, possibilita a viagem de ônibus ou carro.

Simulação feita pelo Estado de Minas no site das companhias aéreas e de empresas especializadas em busca de passagens mostra que para o jogo de sexta-feira praticamente não há mais vagas para Fortaleza. A única companhia que ainda tinha bilhetes para quem sai de BH na tarde de ontem era a Gol. E com valores nada atrativos. Ida e volta, saindo de Confins, um dia antes e voltando um dia depois, custa R$ 2.301. Assim, além do alto preço da viagem aérea, o torcedor teria que desembolsar o valor de duas diárias na capital cearense. As passagens estão praticamente esgotadas para voos amanhã e sexta e retorno até domingo.

Em nota, a Azul confirma que "não há mais assentos livres para Fortaleza". Já para Belo Horizonte a companhia diz ser fácil encontrar "até mesmo horas antes do jogo". A explicação é que a companhia tem grande número de voos para Confins e Pampulha. De fato é possível achar passagens de São Paulo, Porto Alegre e Brasília (cidades escolhidas aleatoriamente para pesquisa). Mas em duas delas o valor é o mais alto cobrado pela empresa para a Copa do Mundo (R$ 999), que, somado às tarifas, totaliza R$ 2.042 pelos dois trechos.
Sem dar detalhes de oferta e demanda, a Gol se restringe em dizer que enviou à Agência Nacional de Aviação Civil a solicitação de 953 voos extras para a demanda da Copa do Mundo em dezembro do ano passado, "o que inclui todos os trechos da segunda fase do Mundial". A TAM segue a mesma linha. Em nota, diz que remanejou sua malha aérea para atender ao fluxo da Copa, concentrando em certos horários e rotas para as cidades-sede.

Prazo curto O diretor de Novos Negócios da Master Turismo, Rodrigo Santos, afirma que a proximidade com a data do voo torna mais difícil conseguir passagens. Por isso, os bilhetes para sexta-feira estão raros, enquanto para quem vem para Belo Horizonte tem maior oferta. "Quanto mais próximo mais escasso fica", pontua. Ele afirma que o ideal é comprar as passagens com pelo menos duas semanas de antecedência. "Para a final no Rio de Janeiro ainda se conseguem preços acessíveis", afirma Santos. Para piorar, segundo a empresa de turismo, os hotéis estão todos lotados em qualquer dia de jogo.

Em contrapartida, as empresas que precisam agendar viagens para seus funcionários ainda na Copa do Mundo podem conseguir bons preços - obviamente, em dias que não há jogos na cidade. A economia pode ser de até 20%. Estudo feito pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) indica que na África do Sul e na Alemanha a queda das viagens corporativas foi de 70%. "O medo de o Mundial inviabilizar as viagens não se concretizou e, hoje, quem precisa viajar encontra pacotes tão acessíveis quanto qualquer outro período do ano", afirma Santos. Até mesmo viagens internacionais estão mais em conta. Simulação feita pela agência indica ser possível ir para a Argentina por US$ 679 e para os Estados Unidos por US$ 1.172.


 


Ranking de pontualidade


 


São Paulo - A Azul Linhas Aéreas Brasileiras foi a empresa mais pontual do país em junho e no consolidado do primeiro semestre deste ano. De acordo com levantamento realizado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), considerando atrasos superiores a 30 minutos, a Azul registrou atraso em 6,49% de seus voos em junho, percentual inferior ao registrado por Gol (6,49%), TAM (7,32%) e Avianca (10,49%). Os dados consideram os atrasos nos aeroportos da Rede Infraero e nos aeroportos concedidos de Brasília, Viracopos e Guarulhos. No consolidado de junho, a Azul conquistou um índice de pontualidade de 93,9%, acima de Gol, com 93,3%, TAM, com 90%, e Avianca, 87,1%.

Em nota, a Azul explica que realizou uma série de ações com o objetivo de ser mais pontual, como a criação de novos cargos para gerenciar as operações diariamente, a elaboração de uma malha especial de inverno - que recebeu ajustes em alguns horários de voos em função de um histórico de meteorologia -, além de estratégias especiais de posicionamento de tripulações e planos de ação para a Copa. "Graças ao desempenho de nossos tripulantes e algumas medidas tomadas o resultado foi muito positivo", afirma o vice-presidente técnico-operacional da Azul, Flávio Costa.


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