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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Opinião ) - MG - Brasil - 03-06-2014 - 10:59 -   Notícia original Link para notícia
Editorial - Em clima de Copa do Mundo

Segundo indicações da Fifa, foram vendidos 170 mil ingressos para estrangeiros que deverão assistir aos jogos da Copa do Mundo que terão como palco o Mineirão, em Belo Horizonte. O número supera expectativas e indica um movimento bastante positivo de turistas na cidade, com reflexos na rede hoteleira, restaurantes e comércio principalmente. Faltando menos de dez dias para a abertura da Copa, o clima na cidade começa a mudar, embora permaneçam as tensões com relação à possibilidade de manifestações. E preocupação, objetivamente, em especial para comerciantes estabelecidos na avenida Antonio Carlos, nas proximidades do acesso à avenida Abraão Caram, os que mais sofreram com as manifestações durante a Copa das Confederações, no ano passado.

Seus prejuízos, na ocasião, são estimados em dezesseis milhões de reais, objeto de ação de ressarcimento sobre a qual a Justiça ainda não se manifestou, não existindo ainda qualquer previsão a respeito. Para este ano, sem a surpresa de 2013, empresários, representados pelo Sindicato de Concessionários e Distribuidores de Veículos, já apresentaram medida cautelar para que o Estado não se omita diante do dever de proteger o comércio, diante do risco de depredações. Ao mesmo tempo cuidam de se proteger, mandando instalar tapumes metálicos e até colocando contêineres como uma espécie de barricada diante das lojas. Cautela necessária mas, com certeza, um dano para a imagem de Belo Horizonte. O turista que chegar ao Mineirão pela Antônio Carlos definitivamente não levará uma boa impressão da cidade. Para não dizer que muito provavelmente ficarão temerosos com relação à própria segurança.

No ano passado a falta de reação adequada e eficaz diante do desvirtuamento das manifestações populares e da evidente infiltração ocorrida foi creditada à surpresa. Nada do que aconteceu era esperado. Agora é diferente e as autoridades têm dado conta de que não só estão preparadas como não haverá tolerância com relação a abusos de qualquer natureza. E contam que, ao contrário do ano passado, o envolvimento da maioria com os jogos, num clima de festa, será uma barreira de contenção natural, sem espaço para provocações de qualquer natureza.

Cabe esperar - e torcer - para que assim seja e, ao fim dos jogos, os comerciantes hoje preocupados não tenham prejuízos a contabilizar e sim resultados a comemorar. Não cabe mais apontar os erros cometidos ou o tempo que foi perdido. Agora trata-se de aproveitar, ao máximo, as oportunidades que a Copa do Mundo nos trouxe, quando menos para que o malfeito seja remediado.


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