Comércio fechou com saldo positivo de contratações de janeiro a abril

Setor em Divinópolis tem números melhores do que os estaduais e nacionais

Pablo Santos

O comércio atravessa um momento delicado no faturamento. Apesar das vendas em desaceleração, pelo menos por enquanto, as contratações de funcionários em Divinópolis estão positivas, ao contrário do cenário em Minas Gerais e no Brasil com fortes registros de corte de vagas no comércio. Apesar dos números positivos, a Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas (CDLCDL) acredita que a situação local tem relação com duas novas lojas de varejo abertas que contrataram nos últimos meses.

Os números do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho revelam que, neste ano, foram abertas 178 vagas de trabalho no comércio divinopolitano de janeiro a abril. As oportunidades abertas são referentes a 3.489 contratações, menos 3.311 demissões nos primeiros quatro meses de 2014.

O desempenho poderia ser melhor, mas em abril foi registrado corte de 70 vagas, de acordo com o Caged. O cenário de janeiro a abril é superior ao assinalado no mesmo período do ano passado, quando 171 oportunidades foram encerradas em Divinópolis, segundo o órgão do Governo Federal.

Na opinião do presidente da CDLCDL de Divinópolis, Rogério Aquino, o desempenho é bom, mas sem empolgação.

- Esperamos manter os números desde quadrimestre. Sabemos que a situação no País e de desaceleração do comércio e estamos com cautela - analisou.

Ainda sobre as contratações, Aquino lembrou que duas novas lojas do varejo abriram as portas neste ano e contribuíram para o desempenho positivo.

- Abriu um novo supermercado e uma loja de material de construção que ajudaram nestes números de emprego. É uma questão localizada e não pulverizada - disse.

MG e Brasil

Enquanto Divinópolis ainda resiste em demitir com maior rigor, o ambiente em Minas Gerais é de corte de oportunidades no comércio. De janeiro a abril, de acordo com o Caged, foram encerradas em território mineiro 8,6 mil, que é o resultado de 183 mil admissões menos as 191,6 mil demissões. No ano passado, a situação ainda foi pior neste mesmo período: 10,1 mil vagas foram finalizadas.

O panorama no Brasil também é de saldo negativo.

Segundo o Caged, foram 68,4 mil vagas cortadas em 2014 de janeiro a abril. Já no confronto com os mesmos meses do ano passado foram 58 mil.

Especialista alerta que os motivos da queda das vendas e das contratações tem a ver com uma série de motivos. O aumento para conseguir crédito, a alta da inflação e a baixa disposição dos consumidores em ampliar seus níveis de endividamento explicam enfraquecimento do varejo.