Além dos estádios de futebol Beira-Rio e Olímpico Monumental, há muito o que fazer em Porto Alegre. Com 242 anos, é uma das capitais mais arborizadas e alfabetizadas do país e se orgulha de sua qualidade de vida

Laísa Queiroz

Publicação: 27/05/2014 04:00

Mercado Público e ponto de compras e também atração turística 

Entre as maiores influências da capital gaúcha - e não só lá, mas em todo o estado - estão a alemã e a italiana, devido à imigração durante o século 19 .  É dessa época um dos principais cartões-postais da cidade: o Mercado Público. Inaugurado em 1869, já passou por uma enchente, em 1941, e por um incêndio, em 2013, e, por isso, foi restaurado, preservando a arquitetura externa original. 

Os estabelecimentos centenários que se destacam lá dentro são a sorveteria Banca 40, o Restaurante Gambrinus e o Bar Naval. Outro edifício que vale a visita é a Casa de Cultura Mario Quintana, que presta homenagem ao importante poeta brasileiro. Está localizada no chique e antigo Hotel Majestic, onde Quintana morou por 15 anos. São duas salas de teatro com capacidade para 300 espectadores e cinco salas para apresentações artísticas. O espeço conta, ainda, com o aconchegante Café dos Cataventos, inspirado no primeiro livro de poesias do autor, que abre diariamente.

Aos que preferem passeios ao ar livre, vale passar o fim de tarde na Orla do Guaíba, tomando um chimarrão. Os próprios moradores têm o hábito de se reunir na beira do lago para apreciar a paisagem. Outra boa opção é o Parque Moinhos de Vento, mais conhecido como Parcão. Tem uma área de 11,5 hectares e boa infraestrutura esportiva. Não deixe de ver o Parque da Redenção, também conhecido como Parque Farroupilha, que é o mais visitado. Um pouco mais distante, fica o Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus, com uma vista de 360° da cidade. 

Se você gosta de construções antigas, deve colocar no roteiro locais como o Paço Municipal (Praça Montevidéu, 10), o Palácio Piratini (Praça Marechal Deodoro), a Catedral Metropolitana (Rua Duque de Caxias, 1.047) e a Igreja Nossa Senhora das Dores (Rua dos Andradas, 597), o Centro Histórico pode ser visitado a pé, em passeios guiados - basta marcar pelo telefone (51) 3333-1873. Para quem quer fazer compras, a cidade reúne algumas regiões de comércio conhecidas. Entre elas, a Avenida Azenha, o Centro Histórico, a Avenida Ipiranga, Moinhos de Vento, Zona Norte (na Avenida Assis Brasil) e Zona Sul (na Avenida Wenceslau Escobar).Esses e outros pontos podem ser visitados por meio da Linha Turismo, um ônibus de 4 metros de altura, com o segundo andar aberto, que faz um city tour.

IBERÊ A Fundação Iberê Camargo foi criada em 1995 pela viúva do artista plástico, Maria Coussirat Camargo, para quem ele deixou seu acervo artístico. Em 1996, decidiu-se construir uma nova sede para a fundação, então situada na antiga residência do artista, no bairro Nonoai. Um local foi arranjado quando o governo do Estado do Rio Grande do Sul doou um terreno no bairro Cristal, às margens do Lago Guaíba. Entre junho de 1998 e março de 1999, ocorreu a seleção do projeto, tendo sido escolhido o do arquiteto português Álvaro Siza Vieira. O projeto foi a primeira obra de Siza Vieira na América do Sul e levou o arquiteto a vencer, em setembro de 2002, o Prêmio de Leão de Ouro, na Bienal de Arquitetura de Veneza. A nova sede foi inaugurada no dia 30 de maio de 2008.

A Usina do Gasômetro é um dos pontos mais tradicionais para ver o famoso pôr do sol da cidade, às margens do Lago Guaíba. Hoje, o espaço é um grande centro cultural da cidade, sendo palco das mais diversas manifestações artísticas, como teatro, dança, pinturas, etc. Em julho de 2007, recebeu mais uma reforma.