Um lugar calmo, em que fosse possível trabalhar junto à natureza, era o sonho do empresário Leonardo Cestari quando ainda estudava turismo e morava em São Paulo. A primeira tentativa foi em Paraty, no litoral fluminense. A experiência, em parceria com a esposa Tatiana, não obteve êxito, o que levou o casal a subir as montanhas e encontrar em Tiradentes, no Campo das Vertentes, o lugar ideal para viver e empreender.
"Não tínhamos nenhum vínculo com a cidade, mas já a conhecíamos como um destino turístico capaz de nos oferecer também qualidade de vida. Encontramos o terreno ideal e gastamos um ano projetando a Lis Bleu e outros 12 meses na construção da pousada", relembra Cestari.
Inaugurado em 2011, a Lis Bleu é formada por 12 chalés e já existem planos para a construção de mais dois. De frente para a Serra de São José e a 700 metros do centro histórico da cidade tricentenária, a pousada aposta no conforto e em detalhes da típica hospitalidade mineira, especialmente a gastronomia. Um tradicional café colonial é servido diariamente em um deck que permite a contemplação da natureza. "Pães e bolos de diversos sabores são todos feitos aqui, pães de queijo saem quentinhos da cozinha, queijos derretidos no fogão a lenha, além de outros quitutes mineiros", enumera o empresário.
Nove colaboradores atendem o público formado principalmente por casais. Com a economia do país ainda em bom nível, e com o turismo interno que se mantém em alta, foi necessário buscar mão de obra nas cidades vizinhas. "Somente um dos nossos colaboradores é morador de Tiradentes. Essa é uma realidade comum na cidade. Alguns empresários, donos de empreendimentos maiores, alugam ônibus para buscar mão de obra fora", afirma.
Copa - 2014 tem sido um ano especialmente bom para a Lis Bleu. Desde janeiro, a pousada tem mantido o índice de ocupação próximo do total e o pimeiro mês do ano, dessa vez mais seco e distante do Carnaval, apresentou resultados iguais aos períodos de alta temporada. "Parece que esse ano muita gente trocou as praias pelas montanhas. Janeiro não é um período ruim, mas as chuvas costumam assustar alguns turistas que ficam com medo das estradas. Dessa vez foi tudo perfeito", comemora.
O grande evento do ano, entretanto, não chegou a entusiasmar o empresário, que não acredita em um aumento de público durante a Copa do Mundo Fifa. "Junho já é um mês de alta temporada, em que a cidade está cheia e não parece que a Copa vá interferir nesse resultado. Talvez tenhamos um público muito mais interessado em fugir da confusão das sedes", completa.
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