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Estado de Minas Online ( Esportes ) - MG - Brasil - 23-05-2014 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Oui, puertas open

Um dos principais pontos turísticos de BH, Mercado Central aposta em cartilhas e em curso de línguas para ajudar a receber os turistas estrangeiros e, claro, vender mais


Ivan Drummond


Fosculo comercializa laticínios: "Um preparo melhor"


Belo Horizonte espera pelo menos 160 mil estrangeiros durante a Copa do Mundo. Mas será que a cidade está preparada para receber o turista torcedor? O que vai ocorrer quando ele, por exemplo, for fazer uma compra. Será tratado em sua língua natal ou em outra conhecida internacionalmente? Se depender do Mercado Central, será na maior cordialidade e, na medida do possível, no idioma do visitante. Pelo menos a distribuição de uma cartilha para comerciantes, balconistas e seguranças ajudará no atendimento ao freguês.

"No ano passado, fizemos uma cartilha para a Copa das Confederações. A visitação não foi tão grande, mas agora a dimensão será bem maior e temos de estar prontos para receber quem quer que seja e qualquer que seja a sua língua, ainda mais com o Mercado Central sendo um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte", diz o superintendente Luiz Carlos Braga.

A preparação começou no ano passado. "Muitos comerciantes fizeram curso de inglês em parceria nossa com o Senac. Essa cartilha é para ajudar. Nela temos perguntas frequentes em inglês, espanhol e francês", detalha Braga. Mas a decoração não ficará de fora. O local, com 400 lojas, passará por transformação. A fachada da Avenida Augusto de Lima será ornamentada. "Vamos pôr bandeiras dos 32 países participantes. Já começamos a colocar os mastros", conta o administrador.

O livreto distribuído aos prestadores de serviço é bem completo. Começa com orientações sobre como receber o visitante. "O atendente deverá estar sempre sorrindo. São dadas dicas de abordagem e apresentação. Recomendamos que sejam dadas amostras de produtos, pois entendemos que a chance de um consumidor comprar um produto que tenha provado é muito maior", diz ele.


Tavares, do Império dos Cocos: "Iniciativa muito boa"


Em três páginas são dadas referências básicas em inglês, francês e espanhol para não perder o cliente. "Uma pergunta é crucial fazer ao turista: 'Posso te ajudar?'. Além disso, outras duas, fundamentais ao comerciante e ao balconista, estão traduzidas lá: 'Precisa de alguma coisa?' e 'Quanto custa?".

Existe ainda um serviço com os telefones de embaixadas e consulados. Os que têm representação em Belo Horizonte: Itália, Holanda, Alemanha, Índia, Rússia. Os demais, em Rio de Janeiro ou São Paulo. "Temos também os telefones úteis, como os das polícias Civil e Militar, posto de informações da cidade, Belotur, Palácio das Artes, Mineirão, Museu de Arte da Pampulha, Pronto Socorro, enfim, tudo o que possa ser útil", descreve Braga.

Lojistas A adoção da cartilha tem total dos lojistas, que acreditam numa evolução em relação à Copa das Confederações, disputada em junho passado. Penido Fosculo, de 55 anos, da Laticiniaria Tapiguá, aposta em aumento de fregueses. "Acredito que, se não ocorrerem manifestações, nosso movimento será fantástico. Agora está acontecendo um preparo melhor. Cada loja terá, por exemplo, um tradutor eletrônico à disposição", exalta. 

Ele tomou uma iniciativa particular. "Estamos contratando uma nova funcionária, que fala inglês, francês e espanhol. Vai ficar aqui o tempo todo." Fosculo, porém, prevê que os estrangeiros estarão mais interessados em bebidas do que em queijos. "Chegam aqui para beber e não para comer. Uma vez, um cônsul de língua inglesa experimentou vários tipos de cachaça, mas nem olhou para o queijo. Compro umas 15 garrafas. Acho que será assim. Mas estamos preparados para atender o que qualquer um desejar."


Camila e os souvenirs: "Espero que as vendas cresçam"


Antônio Sérgio Tavares, de 57 anos, do Império dos Cocos, está no mercado desde os 7 anos, quando começou a trabalhar com o pai. "A Copa, para mim é uma incógnita, mas essa iniciativa do Mercado é muito boa, pois temos de estar prontos a atender todo mundo".

Camila Brugnara, de 30 anos, proprietária de uma loja de souvenir - algumas das mais procuradas -, vive grande expectativa com o Mundial. "Espero que as vendas cresçam. A iniciativa feita agora é bastante válida. Convivemos com o turismo constante e primamos por atender bem as pessoas, os clientes", elogia. Ele diz que um dos segredos é exibir o valor das peças. "Aqui, temos coisas da arte mineira, como a namoradeira, e colocamos os preços em tudo e sempre à vista".


RAIO X 
» Onde
Quarteirão das ruas Curitiba, Santa Catarina, Goitacazes e Avenida Augusto de Lima
» Quantas lojas
400
» As atrações
Hortifrutigranjeiros, carnes, queijos, bares, bebidas, temperos e artesanato
» Total de visitantes
31 mil dia (segunda a sexta-feira)
58 mil (aos sábados e domingos)
» Estrangeiros
196 por mês
» Horário de funcionamento
2ª a 6ª-feira, das 7h às 18h
Domingos e feriados, das 7h às 13h
» Estacionamento
400 vagas (R$ 10 a R$ 12 a hora)
» Quando nasceu
7/7/1929
» Na Copa
Integra o roteiro turístico da Fifa


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