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Folha de São Paulo Online ( Turismo ) - SP - Brasil - 24-04-2014 - 09:30 -   Notícia original Link para notícia
Tour atravessa a Nova York da série 'Mad Men' à noite

Para visitar as locações do programa, empresa pede aos turistas que se vistam de maneira 'apropriada'


Bar que fica dentro da estação central e hotel estão no roteiro, que custa R$ 335 com drinques inclusos


DO "GUARDIAN"


Josh me dá um alfinete de gravata sob o relógio do Grand Central Terminal. "Isso vai te ajudar a canalizar um pouco da vibe de Don Draper", diz ele. Felizmente, como "Mad Men" (a premiada série de TV que se passa nos anos 1960 em uma agência de publicidade fictícia, a Sterling Cooper), o tour de Manhattan de Josh é elegantemente mais lento.


Assim que o famoso relógio passa das 19h, ele nos leva através do saguão para dar início à nossa indução ao mundo de Draper e de seus companheiros bem vestidos.


"Nós vamos parar em alguns lugares chiques, por favor, vistam-se apropriadamente", diz meu e-mail de confirmação do tour. "Roupas no estilo dos anos 1960 são bem-vindas e divertidas."


As outras participantes do grupo -três mulheres fãs da série com 20 e poucos anos-levaram isto a sério, com blusas de seda, saias-lápis e batons vermelhos. Nenhuma delas se sentiria deslocada nos escritórios da Sterling Cooper.


Josh e eu, de cabelos alisados, estamos usando ternos ajustados, gravatas finas e lenços no bolso. Parecemos estar a caminho de um casamentos nos anos 1960 com duas gerações de atraso.


Nosso primeiro destino é o The Grand Central Oyster Bar, de cem anos, uma pérola dentro do terminal, que reabriu no mês passado após reforma. "Matthew Weiner, o criador da série, diz que quando está escrevendo os episódios se pergunta constantemente: 'O que Don faria?'", diz Josh. "É algo que gostaríamos de fazer aqui também."


Uma rodada de old fashioned [drinque com uísque e suco de laranja] depois, Josh saca um iPad para nos mostrar uma cena do programa passada ali. Nela, Draper e o sócio majoritário Roger Sterling comem ostras e bebem martínis pouco antes de Sterling vomitar sua refeição nos pés de potenciais clientes.


A série é quase totalmente gravada em Los Angeles, mas as locações são obsessivamente pesquisadas e recriadas nos sets de filmagem, seguindo à risca detalhes como as toalhas de mesa e os quadros colocados nas paredes.


Infelizmente, não há tempo para ficarmos para uma rodada de ostras antes de nossa segunda parada: o hotel Roosevelt, numa esquina próxima da Madison Avenue.


Uma das locações mais recorrentes da série, é lá que Draper vai morar na segunda temporada do programa, depois de Betty, sua primeira mulher, expulsá-lo de casa. O gerente de contas Pete Campbell segue o exemplo ao fim da sexta temporada.


Entre coquetéis no Madison Club Lounge do hotel, Josh passa um outro trecho, desta vez com o diretor de arte Salvatore Romano em um encontro clandestino com um cliente naquele mesmo local. Mais uma vez, a recriação da locação é irrepreensível.


As gravatas vão se soltando à medida que avançamos pela Madison Avenue até a "Calçada da Fama da Publicidade" para aprender mais sobre os executivos por trás dos personagens de Weiner. Em particular, de Mary Wells Lawrence, que foi de secretária a CEO no ambiente misógino e difícil da publicidade nos anos 1960, e em quem a personagem de Peggy Olson foi supostamente baseada.


sem surpresa


A iminente sétima e última temporada é, claro, o tema da conversa da noite (pule os dois próximos parágrafos para evitar spoilers).


Weiner é um notório protetor de suas histórias (supostamente afastou o personagem Romano depois de o ator que o representava, Bryan Batt, ter falado demais). Mas a especulação predominante é a de que Draper morrerá no episódio final, provavelmente se jogando de uma janela na Madison Avenue.


"A pista está lá desde desde o início", diz Josh. "Mas eu espero que Don encontre algum tipo de redenção, especialmente depois de ter atingido o fundo do poço no fim da temporada passada."


A conversa chega em Peggy Olson enquanto nós atingimos o The Monkey Bar no hotel Elysee -locação do encontro dela com Duck Phillips na terceira temporada.


Jessica, uma das mulheres do tour, está convencida de que nós vamos ver Olson superar Draper, seu mentor, na temporada final, emulando Mary Wells Lawrence e se tornando a chefona.


A nossa parada final é no PJ Clarke's, um dos bares mais antigos de NY. Olson e suas companheiras foram vistas dançando por aqui depois de conseguir um grande cliente, e há rumores de que Christina Hendricks -a atriz que faz Joan Harris, a gerente do escritório- é uma visitante frequente do local na vida real.


Os personagens de "Mad Men" aprovariam a escolha dos drinques: martíni e sidecar [que leva conhaque]. "Parte doce, parte amargo, parte forte." Mas, felizmente, também é servido o "Cadillac dos hambúrgueres", batizado assim pelo cantor Nat King Cole, que era um grande fã do cheeseburger da casa.


O tour do "Mad Men", que a empresa de Josh organiza nas noites de quinta e sexta, oficialmente acaba às 22h, mas às 23h30 ainda estamos no PJ Clarke's falando sobre a série.


THE "MAD MEN" EXPERIENCE
QUANDO quintas e sextas
QUANTO US$ 150 (R$ 335), com drinques inclusos
SITE madmentour.com


VÁ SOZINHO


THE GRAND CENTRAL OYSTER BAR
QUANDO de seg. a sáb., das 11h30 às 21h30
SITE oysterbarny.com


MADISON CLUB LOUNGE
QUANDO todos os dias, das 11h30 à 1h
SITE theroosevelthotel.com


THE MONKEY BAR
QUANDO de seg. a sex., das 11h30 às 22h; sáb., das 17h30 às 22h
SITE monkeybarnewyork.com


PJ CLARKE'S
QUANDO todos os dias, das 11h30 às 4h
ONDE 915 Third Avenue, na 55th St.
SITE pjclarkes.com


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