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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 01-04-2014 - 07:32 -   Notícia original Link para notícia
Assinatura da concessão de Confins ainda não tem data

Consórcio AeroBrasil, vencedor do leilão, aguarda notificação da Anac


Mara Bianchetti




Anac diz que não há previsão para a assinatura do contrato do terminal/Alisson J. Silva



Enquanto o último passo do processo de concessão à iniciativa privada do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, será dado ainda nesta semana, o consórcio AeroBrasil, que assumirá a administração do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), sequer recebeu a notificação para assinatura do contrato da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Companhia de Participações em Concessões (CPC), que é controlada pelo Grupo CCR, que possui 75% de participação no consórcio vencedor do leilão do aeroporto de Confins, em novembro do ano passado. A Anac, por sua vez, limitou-se a informar que divulgará hoje a data da assinatura da concessão do Galeão e que não há previsão para tornar público o dia da assinatura de Confins.

De acordo com o edital, ambos os consórcios vencedores receberiam ontem a convocação para a assinatura do documento. O motivo da alteração, no caso do terminal mineiro, porém, não foi informado pela Anac, que homologou o resultado da concorrência no fim de janeiro. Foram consagrados como vencedores o consórcio Aeroportos do Futuro, no caso do aeroporto do Galeão, e o consórcio Aerobrasil, no Aeroporto de Confins.

O consórcio que arrematou o leilão do Aeroporto do Galeão deu lance de R$ 19,018 bilhões, um ágio de 293,9% em relação ao piso estabelecido. Já o Aeroporto de Confins foi arrematado por R$ 1,82 bilhão. O ágio nesse caso foi de 66%. O leilão como um todo rendeu ao governo R$ 20,8 bilhões, valor que representa um ágio de 251,74% em relação à soma dos lances mínimos fixados no edital, de R$ 5,9 bilhões.

O consórcio Aeroportos do Futuro, que vai operar o Galeão, é composto pela Odebrecht TransPort Aeroportos S/A, com 60% de participação, e pelo operador Excelente BV, com participação de 40%. Já o consórcio AeroBrasil, que arrematou Confins, é formado pelas empresas Companhia de Participações em Concessões CPC, que é controlada pela CCR (75%), Zurich Airport International AG (24%) e Munich Airport International Beteiligungs GMBH (1%).

O prazo de concessão será de 25 anos para o Galeão e de 30 anos para Confins. Pelo modelo adotado pelo governo, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) será sócia dos consórcios vencedores com 49% de participação.



Hub logístico - A concessão do AITN representa não só a oportunidade de desenvolvimento pleno e ampliação da capacidade do principal aeroporto de Minas Gerais, como também a consolidação da pauta de diversificação econômica do Estado, uma das premissas do atual governo. Somado a isso está ainda a transformação do terminal em hublogístico e de carga, que promete alavancar a participação dos produtos mineiros no comércio internacional.

No entanto, as intervenções de ampliação e modernização do principal aeroporto do Estado estão sendo realizadas em passos lentos. Inclusive, a Infraero dividiu a entrega dos trabalhos em dois momentos: antes e depois da Copa do Mundo, com términos previstos para abril e setembro, respectivamente.



Superjumbo opera rota entre Frankfurt e São Paulo



São Paulo - Começou a operar na rota entre Frankfurt (Alemanha) e São Paulo o avião mais longo do mundo. O superjumbo Boeing 747-8 operado pela Lufthansa pousou no último domingo no aeroporto de Guarulhos. A aeronave fará apenas a rota entre as duas cidades.
O plano da companhia aérea era iniciar a operação da aeronave, que mede 76,3 metros de comprimento, no Brasil em outubro do ano passado, mas enfrentou problemas em sua homologação para o aeroporto, o que aconteceu apenas no fim do ano.
A presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, disse ontem que as negociações com as autoridades brasileiras, iniciadas em dezembro de 2008, "não foram fáceis".

Em razão do porte do avião, era necessário fazer adaptações no aeroporto, em itens como sinalização e estacionamento. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), estatal que era responsável pelo aeroporto, dizia não ter recursos para as mudanças.
Com a concessão do terminal para a iniciativa privada, foram feitas as adaptações e requerida a autorização à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), também está certificado para ser destino do 747-8. O do Galeão, no Rio de Janeiro, pode ser usado para pousos não planejados.

Esse é o décimo 747-8 que a companhia alemã coloca em funcionamento. Outros 19 foram encomendados. O avião tem capacidade para 386 passageiros, sendo 8 na primeira classe, 80 na executiva e 298 na econômica. Trata-se de um aumento de 20% em relação ao 747-400, que operava na rota Frankfurt-São Paulo.

Também há economia de 15% no uso do combustível, segundo a companhia - item que representa até 40% dos custos desse jeito tipo de empresa. Apesar disso, não haverá reduções dos bilhetes. Segundo a empresa, "não há relação entre a economia de combustível e os preços das passagens".



Pedrinhas - Em fevereiro, o superjumbo Airbus-A380 teve sua certificação reprovada pela Anac por causa de pequenas pedras encontradas no acostamento da pista principal do aeroporto de Guarulhos. Por isso, a aeronave não poderá operar no Brasil durante a Copa.
O problema é que as turbinas do A380, um superjumbo de dois andares e capacidade para mais de 500 passageiros, sugariam as pedrinhas, o que traria riscos.

A GRU Airport queria iniciar a operação já em maio, com a inauguração do novo terminal de passageiros. A reprovação de Guarulhos na inspeção da Anac atrapalhou os planos da Air France, que se planejou para operar com o A380 a partir de maio. (FP)



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