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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 01-04-2014 - 07:46 -   Notícia original Link para notícia
Liderança da TAM é essencial, diz Cueto

Por João José Oliveira  De São Paulo




Henrique Cueto, da Latam, diz que ajustes patrimoniais na TAM estão concluídos e descarta captação de recursos agora



A Latam, líder do setor aéreo da América Latina criado pela fusão entre TAM e LAN, considera essencial ter a liderança do mercado no Brasil. "Liderança gera margens [lucro]


, que por sua vez permitem ampliar a liderança", disse o presidente do grupo chileno, Henrique Cueto. Para ele, "não há conflito" entre ser a número e ampliar lucros.


A posição firme de Cueto em relação à liderança no Brasil ocorre no momento em que a TAM cede participação de mercado à segunda colocada, a Gol. Segundo dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), em fevereiro de 2014 a TAM detinha 37,6% da demanda (medida em passageiros quilômetro transportados, ou RPK) ante 36,6% da Gol, vantagem de 1 ponto percentual. Em fevereiro de 2013, essa diferença era de 7,6 pontos - 41,6% contra 34%.


A Latam se comprometeu em 2014 com margem operacional (margem ebit - lucro antes de juros e impostos) entre 6% e 8% - excluídos nessa conta custos não recorrentes com reestruturação da frota, um patamar em linha com o de 2013.


A Latam quer aumentar o tráfego da TAM atraindo mais passageiros estrangeiros. O presidente da holding disse que a adesão à aliança global Oneworld - formada por 14 grupos aéreos, incluindo American Airlines, British Airways, Iberia e Japan Airlines -, formalizada ontem, em evento realizado em São Paulo, tem essa meta.


Cueto espera mais tráfego internacional de passageiros, especialmente dos Estados Unidos, por meio dos aeroportos de Miami e de Nova York. É nesse plano comercial que a Latam quer reforçar a utilização do aeroporto de Guarulhos. "Tudo vai depender da distribuição dos slots [número de voos a partir de um terminal], mas esse é o nosso plano porque São Paulo é importante em nossa malha internacional".


Além de alimentar os voos domésticos e elevar as taxas de ocupação, a Latam quer usar a malha internacional para aumentar a receita em moeda estrangeira da companhia. "Isso melhora nossa política de hedge", disse Cueto.


A Latam faturou US$ 13,3 bilhões ano passado, 0,3% menos que em 2012. O prejuízo caiu 46,3%, a US$ 281,1 milhões. Mas apenas no quarto trimestre, a companhia teve perda cambial de US$ 142,6 milhões, reconhecida em sua maior parte pela TAM, como resultado da desvalorização do real no trimestre.


Cueto descartou recorrer ao mercado para levantar recursos neste momento. "Temos mais de US$ 2 bilhões em caixa e não precisamos de capital agora", disse. Ano passado, a holding captou mais de US$ 1 bilhão nas bolsas de Nova York, Santiago e São Paulo. Parte dos recursos foi usada para reforçar o balanço da TAM.


"Também não há mais necessidade de fazer aportes na TAM", disse o presidente da Latam, Henrique Cueto. Segundo ele, os ajustes patrimoniais que tinham que ser realizados após a fusão já foram concluídos.






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