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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 01-04-2014 - 09:45 -   Notícia original Link para notícia
Helibras avança em acordo com governo

Fabricante compensa mais 61 milhões de euros ao país; medida é prevista em contrato de venda de 50 aeronaves


A Helicópteros do Brasil S/A (Helibras), instalada em Itajubá, no Sul de Minas, avança na compensação prevista no contrato de fornecimento de 50 aeronaves para o governo brasileiro. A empresa recebeu um Termo de Reconhecimento de Créditos de Cooperação Industrial emitido pelo Ministério da Defesa por meio do Comando da Aeronáutica e da Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate (Copac), no valor de 61 milhões de euros.

No total, o consórcio Helibras/Airbus Helicopters terá que compensar o país em 1,9 bilhão de euros, mesmo valor do contrato, através de investimento, transferência de tecnologia, know-howe geração de empregos. Isso está previsto no Acordo de Compensação e Cooperação Industrial estabelecido a partir do programa de produção no Brasil do helicóptero EC725.

O diretor de Inovação da Helibras, Vitor Coutinho, explica que este modelo, denominado offset, é tradicionalmente utilizado pelas Forças Armadas na aquisição de equipamentos. "A forma mais simples de offset é o escambo", diz. Segundo ele, a primeira compra de caça realizada pelo Brasil previa a compensação por meio da compra de algodão produzido no país.

A compensação é reconhecida pelo Copac, que emite o reconhecimento do crédito. De acordo com o diretor, a companhia já compensou cerca de 452 milhões de euros do acordo.

O último termo emitido compreende três marcos do programa. O primeiro é relativo à aprovação da construção do novo hangar da Helibras, que contou com empresas nacionais para o projeto e para a realização e finalização da obra. O segundo refere-se ao processo de qualificação e aceitação operacional das novas instalações.

Além disso a Copac reconheceu a criação de um curso para a formação de mecânicos aeronáuticos visando à capacitação profissional da comunidade local de baixa renda, o qual foi homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em janeiro de 2009 e tem a formatura de sua primeira turma prevista para dezembro de 2014.

Em 2013, a empresa já havia obtido reconhecimento de 126 milhões de euros pelo cumprimento de outras etapas do acordo. Entre os projetos aprovados pela coordenação do Ministério da Defesa, está a criação do Centro de Engenharia da Helibras.


Nacionalização - De acordo com Coutinho, ao longo do contrato, o consórcio irá alcançar os 1,9 bilhão de euros previstos. Ele lembra que entre as metas está atingir uma nacionalização 50% do valor dos helicópteros. "Vamos continuar com o processo de transferência de tecnologia", ressalta.

Segundo o diretor da companhia, já foram entregues dez unidades do EC725 para as Forças Armadas. Para este ano, estão previstos em contrato a entrega de 13 aeronaves.

Para fabricar o EC725, a Helibras investiu R$ 420 milhões na construção de um novo hangar em Itajubá. Além disso, os aportes foram feitos em adequações físicas na empresa, como um novo banco de testes, cabine de pintura e obras relacionadas à expansão. O valor também contemplou o treinamento de funcionários brasileiros na Eurocopter, na França, e a vinda de técnicos estrangeiros ao Brasil para acompanhar a implantação da nova linha.



TAM quer manter a liderança no mercado


O presidente da holding TAM, Marco Bologna, disse ontem que a companhia aérea quer manter sua posição de liderança do mercado doméstico. Questionado sobre a aproximação da Gol na disputa por mercado, o executivo disse que "a TAM entende que é importante tanto ser rentável como ser líder" e rejeitou a possibilidade de ter que optar por um dos dois.

Ele reiterou que a companhia seguirá buscando rentabilidade principalmente com taxa de ocupação, em detrimento a preços. "Chegamos a um nível de aproveitamento na casa de 85% e entendemos que dá para continuar com essa política até porque, dada a sazonalidade de voos, em momentos fora do horário de pico ainda existem aproveitamentos (para capturar)", afirmou.

A TAM marcou ontem sua entrada na oneworld, migrando da aliança anterior Staralliance, num movimento anunciado no ano passado. De acordo com Bologna, a adesão à nova aliança não modifica o planejamento estratégico de sua expansão internacional. "A aliança só fortalece nossa atuação", disse, durante evento realizado em São Paulo que marcou a adesão à oneworld.

Ele salientou que a oneworld "é a aliança com maior projeção de crescimento e mais bem classificada globalmente, com as maiores companhias em todas as regiões", disse. Bologna destacou a forte presença da aliança nos mercados dos Estados Unidos e Europa, com a American Airlines e a US Airways, que também celebrou ontem sua entrada na aliança, além das europeias British Airways e Iberia. O executivo lembrou que Nova York, Miami e Londres são três dos principais destinos dos brasileiros.

Mesmo sendo parte agora da oneworld, a TAM seguirá com suas parcerias com empresas que não fazer parte do grupo, como a Lufthansa. A aliança nos permite manter codeshare com companhias não membros, entre elas a Luthansa, para o destinos de Frankfurt", disse.

Bologna comentou que a oneworld pode favorecer a atuação da TAM em alguns destinos, mas reforçou que no momento não está previsto nenhum novo voo. "No momento oportuno podemos anunciar", disse.

Ainda assim, ele reiterou que a previsão é manter a oferta da TAM estável em 2014, em relação a 2013. E reforçou que o grupo Latam quer fortalecer Guarulhos como hub (centro de conexões).


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