Hotel localizado no Savassi, fruto de uma parceria entre a Direcional e a BHG, tem 240apartamentos/Divulgação

Nos últimos dias de março, os hotéis construídos sob a Lei Municipal nº 9.952/2010, que incentivou a construção de empreendimentos hoteleiros e hospitalares na Capital, a propósito da Copa do Mundo Fifa, construtoras e incorporadoras se apressam para cumprir o prazo que se extingue no dia 30 deste mês.

No próximo fim de semana, entra em funcionamento, já com todos os quartos ocupados, o Tulip Inn, localizado na rua Antônio de Albuquerque, na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O empreendimento é fruto de uma parceria entre a Direcional Engenharia e a Brazil Hospitality Group - BHG.

O hotel da categoria Business pertence à Rede Golden Tulip Hospitality Group, tem 240 apartamentos, banda larga livre, fitness center, serviço de lavanderia e estacionamento. O investimento foi de R$ 70 milhões.

De acordo com o gerente comercial da Direcional Engenharia em Minas Gerais, José Júnior Bosco, o perfil da BHG foi determinante para a escolha da parceira. "Além da expertise, o perfil ativo do comercial da BHG nos deu a segurança necessária para lastrear o empreendimento", avalia Bosco.

Também serão abertos, já com hóspedes, os hotéis Go Inn Del Rey, em frente ao Shopping Del Rey; e o Ibis Styles, próximo ao Aeroporto de Belo Horizonte/ Pampulha - Carlos Drummond de Andrade; que consumiram respectivamente R$ 58 milhões e R$ 60 milhões.

Para o consultor estratégico de desenvolvimento hoteleiro da JR & MvS Consultores, José Aparecido Ribeiro, as 19 inaugurações previstas para Belo Horizonte vão transformar o perfil do parque hoteleiro da cidade. "Belo Horizonte tinha um número mínimo de leitos qualificados, incompatíveis com a necessidade da cidade e que impedia com que conquistássemos eventos importantes. Serão 6 mil novos leitos que nos permitirão que a nova hotelaria ocupe o lugar da antiga e modernize os hábitos do mercado", explica Ribeiro.

Para a Copa do Mundo, os leitos previstos devem ser o suficiente, já que a Fifa já devolveu ao mercado cerca de 50% das vagas bloqueadas para o evento e ainda deve retornar mais unidades.

Já para o pós-Copa, as previsões do consultor estratégico de desenvolvimento hoteleiro da JR & MvS Consultores, Maarten Van Sluys, é de que não haja excesso de oferta, já que a Capital estará equipada para atrair mais e maiores eventos. "Teremos lotação completa durante a Copa. Depois devemos ficar na casa de 60%. Juntos, os novos hotéis vão entregar 69 espaços de eventos, capazes de receber até 10 mil pessoas de uma só vez. Se antes Belo Horizonte tinha menos leitos qualificados que Porto Seguro (BA) e Búzios (RJ), por exemplo, hoje pode disputar de igual pra igual com outras capitais a realização de grandes eventos", avalia Sluys.