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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 22-03-2014 - 08:46 -   Notícia original Link para notícia
Fiemg quer acelerar processo

Empresariado reclama que projeto de privatização tem sido constantemente adiado


Mara Bianchetti



Paralisado há algum tempo, o Aeroporto de Goianá voltou a receber voos comerciais na última semana/Gil Leonardi / Secom-MG / Divulgação


A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) entregou ao governo do Estado uma solicitação formal dos empresários da Zona da Mata mineira para que agilize o processo de concessão à iniciativa privada do Aeroporto de Goianá, a cerca de 35 quilômetros de Juiz de Fora. Além da Multiterminais Alfandegados Ltda, que administra o terminal desde 2010, outras duas empresas estariam interessadas na parceria público-privada (PPP), orçada em R$ 146,8 milhões.

Inicialmente esperada para janeiro, no mês passado, a publicação do edital foi adiada para abril, mas segundo o presidente da Fiemg Regional, Francisco Campolina, não há segurança alguma de que vá realmente ocorrer. "O projeto de privatização tem sido cada vez mais adiado. Primeiro deixaram de fazer no ano passado e agendaram para o início de 2014. Depois mudaram para abril. Março já está acabando e não tivemos nem a publicação do edital, quanto mais a licitação", desabafa.

O governo, por sua vez, por meio da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), informou que trabalha com a previsão de publicação do documento para o primeiro semestre deste exercício, sem precisar qualquer data.

Ainda segundo Campolina, a região precisa urgentemente que medidas sejam tomadas em favor do desenvolvimento da economia local e a concessão do Aeroporto Regional da Zona da Mata à iniciativa privada seria um importante passo nesse processo.

"A Multiterminais, apesar de estar junto ao empreendimento, não vai alocar mais recursos antes de assegurar o direito de seguir na administração. As demais empresas têm interesse, querem participar, mas precisam de datas para se programar", reitera.

Ele lembra também que empresários do município e de cidades próximas, como Rio Novo, realizaram investimentos milionários apostando no desenvolvimento da região com as operações do terminal e agora estão com empreendimentos parados em virtude baixa ou nula movimentação, já que apesar de ter iniciado as operações em agosto de 2011, em meados do ano passado, o aeroporto teve seus voos comerciais suspensos.

"Temos hotel com mais de 70 apartamentos praticamente fechados e frota de mais de 20 táxis sem passageiros para rodar. Esses empresários investiram apostando no potencial do aeroporto e da região e não estão tendo retorno", diz.


Retomada - Parado há quase nove meses, desde que a Azul Linhas Aéreas Brasileiras decidiu transferir os únicos voos de Goianá - com destino a Campinas (Viracopos) - para o Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, o Aeroporto de Goianá voltou a receber voos comerciais na última semana.

"O voo começou com menos da metade da ocupação, o que é normal para uma retomada. Mas o que esperamos é que volte aos patamares de quando as aeronaves trabalhavam com 80% a 85% da lotação ocupada e cerca de 7,2 mil passageiros faziam uso do embarque e desembarque do aeroporto por mês", completa.

A proposta do governo de Minas é que Goianá seja um importante modal logístico da região Sudeste. Além dos investimentos já realizados pela Multiterminais, o aeroporto será ampliado ao longo do contrato e vários estudos deverão ser elaborados até o terceiro ano de administração.

Entre eles, alguns voltados para a ampliação da pista de pouso em 500 metros, melhorias na pista de táxi aéreo, além de novos pátio e terminal de cargas. A revitalização de mil metros da rodovia de acesso também faz parte da lista. Outras 17 ações também estão previstas a partir do décimo ano, mas dependem do nível operacional do aeroporto na ocasião.


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